Atividades estimulantes como ler, escrever e jogos de tabuleiro ajudam a retardar o declínio mental em pessoas com comprometimento cognitivo leve, promovendo um estilo de vida saudável.
Manter a mente ativa é fundamental para proteger a memória à medida que envelhecemos. Isso pode ser alcançado por meio de atividades que estimulem o cérebro e promovam o desenvolvimento cognitivo. Um estudo recente, realizado por pesquisadores das universidades do Mississippi, Texas A&M e Indiana, nos Estados Unidos, acompanhou mais de 5.900 pessoas acima de 50 anos, diagnosticadas com comprometimento cognitivo leve (CCL), durante um período de oito anos.
Os resultados do estudo mostraram que as pessoas que realizaram atividades regulares, como leitura, escrita e resolução de problemas, apresentaram uma redução significativa no declínio cognitivo. Além disso, exercícios mentais e estímulos intelectuais, como aprender um novo idioma ou praticar um hobby, também foram fundamentais para manter a mente ativa e promover o treinamento cognitivo. Aprender a gerenciar o estresse também é essencial para manter a mente saudável e evitar o declínio cognitivo.
Atividades Cognitivas e o Declínio Mental
Participar de atividades cognitivas, como resolver palavras cruzadas, três ou mais vezes por semana, pode retardar o declínio mental, de acordo com os resultados publicados no Journal of Cognitive Enhancement. Os participantes foram classificados em três grupos com base na frequência com que realizavam atividades cognitivamente estimulantes: frequente (três ou mais vezes por semana), moderada (uma ou duas vezes por semana) ou esporádica (menos de uma vez por semana). Aquelas que se engajavam com mais regularidade apresentaram melhor desempenho em testes de memória, atenção e velocidade de processamento mental.
Atividades como leitura, escrita e jogos de tabuleiro também contribuíram para esse efeito positivo. Embora o declínio cognitivo tenha sido observado em todos os grupos, os participantes que se mantiveram mais mentalmente ativos experimentaram uma redução mais lenta desse processo. Segundo os pesquisadores, o nível ideal de participação em atividades cognitivas deve ser de três a quatro vezes por semana para alcançar o melhor desempenho mental.
Além disso, o estudo destaca que intervenções baseadas no estilo de vida, como essas atividades estimulantes, podem servir como uma forma de tratamento não medicamentoso eficaz para prevenir o agravamento do declínio cognitivo em pessoas idosas. Isso inclui exercícios mentais, treinamento cognitivo e estímulos intelectuais que podem ajudar a manter o cérebro ativo e saudável.
O Uso de Tecnologias e o Envelhecimento
Outro estudo de 2022, publicado pela Universidade do Sul da Califórnia, reforça a importância dessas atividades cognitivas na proteção contra a demência. A pesquisa analisou o comportamento de mais de 140 mil pessoas acima de 60 anos e descobriu que assistir televisão por longos períodos pode aumentar o risco de desenvolver a doença. Em contrapartida, o uso regular de computadores e a leitura foram associados a uma redução do risco.
Os dados revelam que pessoas que assistiam TV por mais de quatro horas diárias tinham 20% mais chances de desenvolver demência, enquanto uma hora de uso de computadores diariamente reduzia o risco em 25%. Essas descobertas mostram que, além de evitar o sedentarismo, é essencial estimular o cérebro com atividades intelectuais, como exercícios mentais e treinamento cognitivo, para manter o comprometimento cognitivo leve e prevenir o declínio mental.
É importante notar que o estilo de vida pode ter um impacto significativo no declínio cognitivo e que atividades cognitivas, como leitura, escrita e jogos de tabuleiro, podem ser uma forma eficaz de prevenir o agravamento do declínio cognitivo em pessoas idosas. Além disso, o uso regular de tecnologias, como computadores, também pode ser benéfico para a saúde cognitiva.
Fonte: @ Veja Abril
Comentários sobre este artigo