Equipe da geração Z é autoconsciente, honesta e sabe estabelecer limites firmes, priorizando equilíbrio, qualidade de vida e saúde mental.
A geração Z, nascida entre 1995 e 2010, está redefinindo as relações de trabalho. Como nativos digitais, eles valorizam a busca pelo equilíbrio entre qualidade de vida, saúde mental e trabalho. Essa busca por equilíbrio é um dos principais desafios que os profissionais da área de recursos humanos enfrentam atualmente.
Para entender melhor as necessidades e desejos dessa geração, é importante considerar as características que os definem. A norte-americana Jessy Marshall, dona da empresa de relações públicas, Hive HQ, é uma especialista em entender as necessidades dos jovens da geração Z. Ela afirma que a chave para atrair e reter talentos dessa geração é oferecer um ambiente de trabalho que valorize a flexibilidade e a autonomia. Além disso, é fundamental criar um espaço onde os jovens possam se expressar e contribuir de forma significativa para a empresa.
A Geração Z e o Novo Conceito de Trabalho
A empresária Jessy Marshall recentemente recebeu uma mensagem de sua funcionária que poderia causar surpresa em outras gerações. A jovem da geração Z havia terminado seu trabalho cedo e estava solicitando permissão para sair. A mensagem não era sobre uma emergência ou consulta médica, mas sim sobre a conclusão de suas tarefas. ‘Oi Jessy. Estou em dia com todo meu trabalho… enfim, posso sair? Beijos’, escreveu a funcionária. A resposta de Marshall foi simples: ‘Sim, saia’.
Em uma entrevista para o News, da Austrália, Marshall afirmou que essa é uma mensagem rotineira em sua empresa e que ela não vê como algo negativo. De acordo com ela, sua equipe da geração Z é mais autoconsciente, honesta e sabe estabelecer limites firmes. ‘Eles são muito melhores em dizer que estão pressionados ou exaustos ou que não se sentem eles mesmos e precisam de um tempo’, disse a empresária. ‘Eles são bons em estabelecer limites, mas também são muito bons em garantir o trabalho no tempo certo’.
A Adaptação à Geração Z
A adaptação à geração Z levou um tempo para Marshall. Com 35 anos, ela tinha outra visão quando estava com 20. Na época, tudo parecia urgente, e ela afirma que era ‘workaholic’, termo designado para quem é ‘viciado no trabalho’. Mas, agora, em contato com a geração Z, a empreendedora afirma que entendeu que sair mais cedo ‘não é um sinal de preguiça ou audácia’. Isso, porque os jovens desejam trabalhar de forma mais inteligente.
‘Nas sextas-feiras, eu digo às meninas: uma vez que seu trabalho esteja feito, desconectem-se. Assim, elas podem se dar um fim de semana maior’, diz Marshall. Mesmo que a carga horária seja menor, Marshall não vê como um problema, pois ‘a produtividade da equipe é alta’. ‘Se um e-mail urgente chegasse, eles ainda responderiam porque saberiam que era importante, mas isso pode esperar? Então pode esperar até segunda-feira’, afirma.
O Equilíbrio e a Qualidade de Vida
Para a geração Z, o equilíbrio é tão importante que segundo a Workmonitor, pesquisa realizada pela Randstad, empresa de soluções em RH, com mais de 27 mil pessoas em 34 países, dois em cada quatro profissionais da geração Z acreditam que é melhor ficar sem emprego a seguirem em trabalhos de que não gostam. Isso mostra que a geração Z valoriza a qualidade de vida e a saúde mental, e não está disposta a sacrificar esses aspectos em nome do trabalho.
Além disso, a geração Z também é mais consciente das relações públicas e do impacto que o trabalho pode ter na vida pessoal. Eles buscam um trabalho que seja mais flexível e que permita um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Isso é refletido na forma como Marshall gerencia sua equipe, permitindo que eles trabalhem de forma mais inteligente e tenham mais tempo para si mesmos.
Fonte: @ PEGN
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