Aumentam proibições de uso de celulares em escolas americanas, com foco na saúde mental e na saída de carga, exige que as redes sociais sejam desligadas em salas de aula.
É sabido que a inclusão de celulares nos ambientes escolares tem sido um dos temas mais polêmicos nos últimos anos. Muitos defendem a ideia de que esses dispositivos são uma distração e podem afetar negativamente o desempenho dos alunos, enquanto outros argumentam que eles são uma ferramenta essencial para a educação moderna. Em ambos os casos, a realidade é que os celulares são uma parte integrante da vida dos jovens de hoje.
Os governantes de Arkansas e Califórnia não são os únicos defensores dessa ideia. Muitos educadores e especialistas em desenvolvimento infantil concordam que os celulares, assim como outros dispositivos móveis, como os smartphones e telefones, podem ser uma fonte significativa de distração e perda de foco para os estudantes. Além disso, a exposição prolongada a esses dispositivos pode ter consequências negativas para a saúde mental e física dos jovens, incluindo a ansiedade, o estresse e a falta de motivação. É hora de reavaliar o papel desses dispositivos na educação.
Legislação contra celulares nas escolas
A partir da segunda metade do século XXI, o uso de celulares nas escolas começou a ganhar destaque devido às suas consequências sobre a saúde mental das crianças e interferência na sala de aula. De acordo com o cirurgião geral dos EUA, Dr. Vivek Murthy, as redes sociais precisam de rótulos de advertência sobre seus efeitos nos jovens. Dados nacionais indicam que 77% das escolas nos Estados Unidos proíbem o uso de celulares para fins não acadêmicos, de acordo com o Centro Nacional de Estatísticas Educacionais.
A realidade por trás de esses números é mais complicada. Não significa que os alunos estejam seguindo essas proibições ou que todas as escolas estejam realmente implementando as restrições. Consequentemente, o impacto das telas sobre a saúde mental das crianças e o uso dos dispositivos móveis como distração constante, sobretudo em salas de aula, é uma preocupação compartilhada por pais e professores em ambos os partidos políticos.
Proibições de celulares em escolas
Ao menos oito estados americanos – Califórnia, Flórida, Indiana, Louisiana, Minnesota, Ohio, Carolina do Sul e Virgínia – promulgaram medidas que proíbem ou restringem o uso de celulares pelos alunos nas escolas. Essas políticas variam significativamente. A Flórida foi o primeiro a endurecer as regras sobre celulares nas escolas, aprovando uma lei em 2023 que exige que todas as escolas públicas proíbam o uso de celulares durante o período letivo e bloqueiem o acesso às redes sociais no Wi-Fi do distrito.
Outros estados não baniram os celulares, mas incentivaram os distritos escolares a promulgar tais restrições ou forneceram financiamento para armazenar os celulares durante o dia. Por exemplo, o governador Sanders anunciou um programa piloto no ano passado, oferecendo subsídios para escolas que adotam políticas de restrições de celulares, e mais de 100 distritos escolares aderiram. Ele agora quer exigir que todos os distritos proíbam celulares durante o período escolar, deixando a elaboração da política a critério dos distritos.
Impacto da proibição
A preocupação principal com a proibição de celulares nas escolas é a saúde mental dos alunos. Professores relatam que os celulares são uma distração constante e que a saída de carga e a exposição a redes sociais durante o período escolar não são saudáveis para as crianças. Com a proibição de celulares, os pais e professores esperam que os alunos tenham momentos livres de celulares para recuperar sua saúde mental.
Além disso, a proibição de celulares nas escolas pode ajudar a melhorar a saúde mental dos alunos ao reduzir a exposição às redes sociais e a distração constante dos celulares. Isso também pode melhorar a experiência de aprendizado dos alunos, pois os professores podem focar mais na sala de aula e nos assuntos acadêmicos.
Por outro lado, a proibição de celulares nas escolas pode causar problemas, como a perda de finanças para os alunos que precisam usar os celulares para fins acadêmicos. Além disso, a proibição pode ser difícil de implementar e manter, especialmente em escolas com grandes quantidades de alunos.
Desafios e benefícios
A proibição de celulares nas escolas também tem seus desafios. Para começar, pode ser difícil para os pais e professores lidar com a perda de finanças para os alunos que precisam usar os celulares para fins acadêmicos. Além disso, a proibição pode ser difícil de implementar e manter, especialmente em escolas com grandes quantidades de alunos.
No entanto, os benefícios da proibição de celulares nas escolas podem ser significativos. Com menos distração e exposição às redes sociais, os alunos podem ter mais tempo para se concentrar em seus estudos e melhorar sua saúde mental. Além disso, a proibição pode ajudar a melhorar a experiência de aprendizado dos alunos, pois os professores podem focar mais na sala de aula e nos assuntos acadêmicos.
Em resumo, a proibição de celulares nas escolas é um tema complexo com desafios e benefícios. Embora a proibição possa ser difícil de implementar e manter, os benefícios para a saúde mental e a experiência de aprendizado dos alunos podem ser significativos.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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