Medição é mais precisa para identificar os riscos do excesso de peso no corpo humano normal, sobretudo ao coração, usando índice de massa corporal, índice de redondeza corporal e fórmula da vez, na ligação do sistema cardiovascular.
Um dos principais parâmetros para determinar os níveis de obesidade ou magreza não nasceu no consultório médico. Saiu de uma mente aficionada por uma equação capaz de classificar o que seria um corpo humano ‘normal’, a do estatístico belga Adolphe Quételet (1796-1874).
A equação de Quételet, adotada posteriormente por outros estatísticos, busca correlacionar as medidas de um indivíduo com o índice de massa corporal, em busca de um corpo ‘ideal’. Apesar de suas limitações, é um parâmetro multiplicado, pois permite o cálculo de uma tabela de percentis, que compara o corpo de uma pessoa com a média de outros de mesma idade e sexo. Mas o índice de massa corporal não é o único fator que ajuda no cálculo de obesidade, pois a magreza também deve ser considerada para uma análise mais completa. Além disso, a obesidade pode estar relacionada a doenças como hipertensão e diabetes. Por isso, é importante desfrutar de uma alimentação saudável e regular, com comportamento físico adequado para evitar que o corpo se torne um pesadelo.
Um novo olhar para a obesidade e seus impactos
A fórmula criada por um matemático há 192 anos, que leva em consideração o peso dividido pela altura ao quadrado, conhecida como índice de massa corporal (IMC), ainda hoje é utilizada para avaliar o peso corporal e seus efeitos no bem-estar físico. No entanto, a medicina está começando a questionar a precisão desse cálculo, especialmente em relação aos impactos da obesidade no sistema cardiovascular.
Um novo índice para avaliar a obesidade
O índice de redondeza corporal (BRI), desenvolvido em 2013, é uma ferramenta mais precisa para avaliar a obesidade e seus efeitos no corpo. Ele leva em consideração a medida da cintura e a gordura acumulada na região abdominal, o que reflete melhor a proporção de gordura no corpo e entre os órgãos. Esse índice é extremamente relevante para o mapeamento de doenças ligadas à obesidade, como a resistência à insulina, diabetes e infartos.
Estudo mostra a eficácia do BRI
Um recente estudo da Universidade de Nanquim, na China, acompanhou quase 10 000 pessoas com 45 anos ou mais submetidas a avaliações entre 2011 e 2016. Os resultados mostraram que os números mais altos no BRI significavam um risco até 163% mais elevado de complicações cardiovasculares. Esses dados são extremamente relevantes para entender como a obesidade afeta o sistema cardiovascular.
A correlação entre obesidade e doenças
A correlação entre obesidade, hipertensão, colesterol alto e diabetes tipo 2 é um fator de risco importante para doenças cardiovasculares. O autor do estudo, Yun Qian, destacou que a obesidade é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. A precisão do BRI é crucial para detectar esses riscos e prevenir doenças.
Prevenção e atenção primária
Embora o BRI seja uma ferramenta mais precisa para avaliar a obesidade, ainda há uma necessidade de mais dados para chancelar sua aplicação em ações preventivas. Além disso, o arsenal de balança, fita métrica e calculadora não faz parte da maioria das consultas médicas, especialmente na rede de atenção primária. O IMC é um exame de triagem para apontar quem vai precisar de mais cuidado, e o BRI seria um método que complementaria a avaliação, tendo em vista a distribuição de gordura e suas repercussões no corpo.
Conclusão
A obesidade é um problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. O BRI é uma ferramenta mais precisa para avaliar a obesidade e seus efeitos no corpo, especialmente em relação ao sistema cardiovascular. Embora ainda haja uma necessidade de mais dados para chancelar sua aplicação em ações preventivas, o BRI é uma ferramenta importante para detectar riscos e prevenir doenças.
Fonte: @ Veja Abril
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