A Secretaria Nacional do Consumidor determinou a fiscalização de sites no país com marcas de suplementos alimentares de whey protein, que podem estar “spiking” a quantidade de proteína informada, utilizando aminoácidos de baixo custo, em produtos à base de proteína.
Os produtos em questão foram identificados por meio de fiscalização e análise de laboratório, e não atendem aos requisitos de adulteração e manipulação de proteína. A adulteração de produtos alimentícios, incluindo suplementos, pode ter consequências severas para a saúde do consumidor.
A Senacon alerta que os suplementos contendo aminoácido de baixa qualidade podem ser prejudiciais à saúde, pois podem interferir na capacidade do corpo de absorver nutrientes essenciais. Além disso, a adulteração de produtos pode levar à perda de confiança no mercado e na capacidade dos fabricantes de fornecer produtos de qualidade. Os consumidores devem estar atentos e verificar a autenticidade dos produtos antes de adquiri-los.
Adulteração de Suplementos Alimentares: Um Problema de Grande Escala
A Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) revelou que as marcas de suplementos alimentares no país estão envolvidas em uma prática de adulteração conhecida como amino spiking. Essa técnica consiste em manipular a fórmula de um produto à base de proteína, adicionando aminoácidos de baixo custo para aumentar o valor nitrogenado total. Isso significa que a quantidade de proteína informada nos rótulos dos produtos pode não ser a real.
Proteína e Aminoácidos: A Verdade Por Trás da Adulteração
De acordo com a Abenutri, os aminoácidos além de constituírem uma proteína, podem ser extraídos isoladamente de outras proteínas e outras matérias primas, sendo acrescentadas no whey protein e aumentando a quantidade total de proteína no produto. Isso leva a questões sobre a integridade dos suplementos alimentares disponíveis no mercado. Como os consumidores podem confiar nos produtos que compram, se a quantidade de proteína informada pode não ser a real?
Site Oficial da Senacon: Uma Decisão Controversa
A decisão da Senacon de proibir a venda de suplementos alimentares que contenham amino spiking é controversa. A Associação Brasileira dos Fabricantes de Suplementos Nutricionais e Alimentos para Fins Especiais (Brasnutri) argumenta que o laudo elaborado pela Abenutri é de 2022 e baseado em produtos que não são mais comercializados. Além disso, a entidade aponta que o estudo não segue padrões técnicos ou regulatórios estabelecidos pelos órgãos competentes e não é chancelado pela Anvisa e pelos demais integrantes do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. Isso levanta dúvidas sobre a validade da decisão da Senacon.
Produtos à Base de Proteína: O Que os Consumidores Devem Saber
Os consumidores devem estar cientes de que a quantidade de proteína informada nos rótulos dos produtos pode não ser a real. Isso pode levar a um consumo excessivo de aminoácidos de baixo custo, que podem não oferecer os benefícios nutricionais desejados. Além disso, a prática de amino spiking pode comprometer a saúde dos consumidores, especialmente se eles tiverem necessidades nutricionais específicas. É fundamental que os consumidores façam suas próprias pesquisas e escolham produtos de alta qualidade que sejam transparentes sobre a quantidade de proteína e aminoácidos contidos.
Suplementos Alimentares: A Importância da Informação Certa
A informação certa é fundamental quando se trata de suplementos alimentares. Os consumidores têm o direito de saber exatamente o que estão ingerindo e em que quantidade. A prática de amino spiking pode levar a uma falta de confiança nos suplementos alimentares e comprometer a saúde dos consumidores. É fundamental que as marcas de suplementos alimentares sejam transparentes sobre a quantidade de proteína e aminoácidos contidos em seus produtos e que os consumidores façam suas próprias pesquisas antes de fazer uma compra.
Fonte: @ PEGN
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