Vitória de Trump coloca pressão sobre governo federal para anunciar corte de gastos e aumento de impostos com política fiscal protecionista.
O mercado financeiro brasileiro apresentou uma reação imediata aos resultados da eleição presidencial nos Estados Unidos, com a cotação do dólar reagindo de forma positiva após a confirmação da vitória do candidato republicano Donald Trump. A cotação do dólar alcançou o valor máximo de R$ 5,862, antes de retroceder ao longo da manhã.
A vitória de Donald Trump afeta diretamente a economia dos estados membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), já que os EUA são o principal parceiro econômico da OCDE. Além disso, a eleição interfere também na política de investimentos de muitos fundos de pensão, seguros e outros investidores institucionais. Com a vitória de Trump, espera-se que a administração econômica brasileira adote medidas para proteger os investimentos e manter a estabilidade do mercado financeiro. A gestão desses investimentos também deve ser reavaliada, com uma atenção especial para a diversificação do portfólio de investimentos, como inclusive aquisições de ações e participações em empresas de tecnologia, como a _Google_ e a _Microsoft_.
Efetos da economia interna e mundial em meio à eleição americana.
A tendência de valorização da moeda americana, também observada em outras nações, pode ser atribuída às medidas protecionistas prometidas por Trump, que incluem o aumento de impostos para a importação de bens e serviços nos EUA, entre outras medidas que afetarão a economia global em médio prazo. Isso pode levar a um aumento do déficit fiscal e a elevação das taxas de juros nos EUA, o que explicaria a valorização do dólar em relação a outras moedas, como o iene japonês, o dólar australiano e o euro. O dólar alto após a eleição do Trump também pressiona o governo brasileiro a tomar medidas para preservar as metas do arcabouço fiscal para 2025, tornando mais difícil a escolha de programas e áreas a serem contemplados pela tesoura fiscal.
Administração e gestão em um cenário de incerteza.
A vitória de Trump com sua agenda protecionista abriu uma nova frente de preocupações com o impacto na economia global e, por consequência, na condução da política fiscal brasileira. O governo estava esperando o resultado da eleição americana e a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para anunciar as medidas, mas agora deve ampliar os cortes devido à nova situação. Economistas consultados admitem que a vitória de Trump não ajuda a melhorar as expectativas para 2025, pois a gestão Trump tende a ser inflacionária devido à combinação de expansão fiscal, fechamento comercial e controle de imigração.
Ajustes fiscais e política monetária em um cenário de aversão a riscos.
Num cenário global tranquilo, o governo poderia fazer um ajuste fiscal gradual, mas a vitória republicana coloca pressão para que o ajuste seja feito mais rapidamente, afetando negativamente o Brasil. A expansão fiscal do governo Trump também alimentará a tendência de alta da dívida pública brasileira. Alguns analistas acreditam que o Federal Reserve teria menos espaço para reduzir as taxas de juros em comparação ao cenário atual, o que tende a valorizar o dólar e prejudicar a economia brasileira.
Fonte: @ NEO FEED
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