Grupo jihadista prometeu chegar ao coração da segunda maior cidade do país, quase 10 anos após serem expulsos da região, enquanto a Rússia promete ajuda para combater rebeldes isolados.
As autoridades sírias adotam medidas extremas, incluindo o fechamento de rodovias e a suspensão de todo o tráfego aéreo no aeroporto de Aleppo, em uma tentativa de conter a crescente influência de rebeldes que desafiam o poder do presidente Bashar al-Assad. Esta ação desesperada é um reflexo da escalada da guerra civil na região.
Nesse contexto, a cidade de Aleppo está vivendo um momento de grande tensão, com a presença de rebeldes que lutam contra as forças leais ao presidente Assad. A invasão destes rebeldes representa uma ameaça direta ao controle do governo e, consequentemente, ao poder do presidente. Além disso, a captura do aeroporto de Aleppo por parte dos rebeldes poderia abrir caminho para uma série de ações que comprometam a estabilidade da região. A guerra civil na Síria já é conhecida por sua brutalidade, e a situação em Aleppo está se tornando cada vez mais confusa, com ambos os lados adotando táticas cada vez mais agressivas, como a ocupação do aeroporto e a interrupção de serviços essenciais, como voos e rodovias. A situação atual é um reflexo da grande complexidade da guerra civil na Síria e da luta por poder que está ocorrendo no país.
Rebeldes sírios desafiam governo em árdua guerra civil
A situação em Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, com mais de 2 milhões de habitantes, se tornou cada vez mais tensa, com rebeldes opositores ao governo fazendo ataques surpresas em várias cidades. Desde quarta-feira (27), pelo menos 27 civis perderam suas vidas, segundo a agência Reuters. Diante disso, o Exército sírio adotou medidas para conter a invasão, fechando as principais rodovias de entrada e saída da cidade, permitindo apenas a passagem de tropas militares. Além disso, os soldados foram instruídos a realizar uma ‘retirada segura’ de bairros já invadidos pelos rebeldes.
O aeroporto de Aleppo também foi afetado, com todos os voos programados para sábado cancelados. Os rebeldes, que fazem parte do grupo jihadista Hayat Tahrir al-Sham, prometeram chegar ao coração da cidade, quase uma década após terem sido expulsos. A operação contou com o apoio da Rússia, Irã e milícias regionais à época. Um comandante de uma das brigadas rebeldes afirmou que o avanço rápido pelas cidades sírias foi facilitado pela falta de apoio do Irã no país. Grupos que são financiados pelo governo iraniano se enfraqueceram nos últimos meses, principalmente por causa das ações de Israel.
A Rússia prometeu ao governo sírio ajuda militar extra para combater os rebeldes. Equipamentos devem chegar nas próximas 72 horas. A guerra civil síria, que opõe jihadistas e forças do regime de Bashar al-Assad, ocorre desde 2011. No entanto, um cessar-fogo está em vigor desde 2020. Nos últimos anos, apenas combates isolados têm ocorrido. Os rebeldes, que chegaram a estabelecer um califado não reconhecido sob a liderança do Estado Islâmico, controlam agora uma pequena porção do território sírio.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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