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Alerta epidemiológico recomenda reforço na vigilância diante de possível circulação do oropouche e outros arbovírus em outros países.
NO RIO DE JANEIRO, RJ (AGÊNCIA BRASIL) – A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgou hoje um comunicado urgente sobre a detecção de novos casos de infecção pelo vírus oropouche na região Norte do país, alertando a população sobre os riscos dessa doença transmitida por mosquitos.
Em meio à preocupação com a propagação do vírus oropouche, especialistas recomendam medidas preventivas, como o uso de repelentes e a eliminação de possíveis criadouros do mosquito transmissor. A disseminação desse vírus pode causar impactos significativos na saúde pública, exigindo uma resposta rápida e eficaz das autoridades de saúde.
Alerta Epidemiológico sobre Vírus Oropouche: Reforço na Vigilância
O alerta epidemiológico, originado de casos notificados no Brasil, destaca a importância do reforço na vigilância diante da possível propagação de casos similares em outras regiões com a circulação do vírus oropouche e outros arbovírus. Os casos ainda estão em fase de investigação. Desde janeiro até meados de julho de 2024, aproximadamente 7.700 casos confirmados de oropouche foram registrados em cinco países das Américas, com o Brasil liderando as estatísticas (6.976 casos), seguido por Bolívia, Peru, Cuba e Colômbia.
A Opas reportou a identificação de suspeitas de transmissão do vírus de gestantes para bebês em meio ao aumento de casos notificados. Um caso recente envolveu uma gestante residente em Pernambuco, que manifestou sintomas de oropouche durante o terceiro trimestre de gestação. Após confirmação laboratorial da infecção, ocorreu o óbito do feto. Outro caso suspeito foi notificado no mesmo estado, também em uma gestante, resultando em um aborto espontâneo.
O Ministério da Saúde brasileiro está investigando quatro casos de bebês com microcefalia que apresentaram anticorpos do vírus. A possível transmissão vertical do vírus está sob análise, mas ainda não é possível confirmar se a infecção durante a gestação foi a causa das malformações neurológicas e dos óbitos fetais.
A Opas reforça a importância da investigação da possível transmissão vertical do vírus oropouche e suas consequências para os fetos. As informações estão sendo compartilhadas com os estados membros para conscientização da situação e solicitação de vigilância para eventos semelhantes em seus territórios.
Opas Publica Diretrizes para Detecção do Vírus Oropouche
Nesta quarta-feira (17), a Opas divulgou diretrizes para auxiliar os países na detecção e vigilância do vírus oropouche diante de possíveis casos de infecção materno-infantil, malformações congênitas ou óbito fetal. A organização colabora com os países onde casos foram confirmados para compartilhar conhecimentos e experiências.
Os sintomas da doença incluem febre súbita, dor de cabeça, rigidez nas articulações, dores e, em alguns casos, sensibilidade à luz, náuseas e vômitos persistentes com duração de cinco a sete dias. Embora a apresentação clínica grave seja incomum, pode evoluir para meningite asséptica, com a recuperação completa podendo levar semanas.
O vírus oropouche é transmitido principalmente pela picada do inseto conhecido como maruim e por espécies do mosquito culex. Descoberto pela primeira vez em Trinidad e Tobago em 1955, surtos esporádicos têm sido documentados em diversos países das Américas, incluindo Brasil, Equador, Guiana Francesa, Panamá e Peru.
Orientações para Gestantes sobre Febre Oropouche
– Evite áreas com grande presença de insetos, como maruins e mosquitos;
– Utilize telas de malha fina em portas e janelas;
– Vista roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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