ouça este conteúdo
O Uruguai sonharia em ter os nomes da seleção brasileira, mas Bielsa não trocaria o funcionamento coletivo do time por termos diferentes.
Nas palavras de Rafael Silva, a síntese de uma discussão crucial sobre as equipes brasileiras: ‘Nossos atacantes são muito habilidosos, todos os jogadores atuam na Série A. É um grupo qualificado. Se analisarmos jogador por jogador, temos equipes que eles desejariam ter no Paraguai’.
Além disso, é importante destacar que, como mencionado por Camila Oliveira, os agrupamentos de jogadores estão se destacando cada vez mais no cenário internacional. Os times estão demonstrando um desempenho excepcional, o que tem chamado a atenção de diversos especialistas na área esportiva.
Equipes: Diferentes Estágios de Construção
Ele está completamente correto, pois tudo neste argumento reflete a realidade. Andreas, por outro lado, está equivocado, já que sua declaração faz parte de sua resposta a uma pergunta feita por Luis Roberto, narrador da TV Globo, sobre os vários estágios de formação de equipes ocupados pelas seleções brasileira e uruguaia, que se enfrentam neste sábado (6) por uma vaga nas semifinais da Copa América. Foi preciso um segundo tempo repleto de sofrimento para que a diferença entre Brasil e Colômbia, em termos de funcionamento coletivo, fosse evidenciada no campo de jogo em São Francisco, na última terça-feira. Através das táticas implementadas por um método desenvolvido ao longo do tempo, os colombianos elevaram o nível de exigência técnica e física a um ponto em que a equipe brasileira teve extrema dificuldade em manter a posse de bola.
Neste contexto, o meio-campo composto por Jhon Arias, Richard Ríos e James Rodríguez, todos jogadores da Série A do Campeonato Brasileiro (sendo James, como sabemos, apenas nominalmente), dominou a área em que atuavam Bruno Guimarães, João Gomes e Lucas Paquetá, atletas da Premier League inglesa. Reconhecer o que aconteceu em campo não implica em afirmar que o trio colombiano supera o brasileiro. De fato, não o faz, nem individualmente. No entanto, coletivamente, onde a Colômbia se destaca, Arias, Ríos e James desempenharam papéis que contribuíram de forma decisiva para esse desequilíbrio. É por meio dessa dinâmica que equipes de qualidade não são formadas apenas pela reunião de jogadores de alto nível. É essencial que trabalhem bem em conjunto, se complementem e interajam de maneira eficaz e produtiva para o grupo, seguindo um modelo que leve em consideração suas habilidades.
No sétimo jogo sob o comando de Dorival Júnior, seria atípico esperar que a seleção brasileira atuasse próximo de seu potencial máximo, mesmo considerando a qualidade de cada jogador. Da Colômbia ao Uruguai, esse aspecto da discussão permanece inalterado. Marcelo Bielsa conduz sua equipe por um caminho mais longo na construção de um estilo de jogo, com a experiência e a prática que a equipe de Dorival ainda busca. A vitória no último confronto, pelas Eliminatórias Sul-Americanas, contra a equipe dirigida por Fernando Diniz, foi um resultado natural e instrutivo nesse sentido.
Como mencionado por Andreas, o Uruguai certamente gostaria de ter os jogadores que compõem a equipe brasileira, mas é pouco provável que Bielsa queira trocar o desempenho coletivo de sua equipe pelo que viu até agora do Brasil. Esse foi o tema da pergunta feita a Andreas, sobre as discrepâncias nos estágios de formação de equipes, um conceito que muitos entusiastas do futebol no Brasil preferem ignorar. O confronto deste sábado é um desafio árduo para o Uruguai, pois o talento ofensivo disponível para a seleção brasileira exige uma atuação praticamente impecável. O trabalho de Bielsa, que certamente será bem executado, não será prejudicado pela falta de comprometimento com o funcionamento coletivo de sua equipe.
Fonte: @ ESPN
Comentários sobre este artigo