Modelo IMA-B5+ reflete NTN-Bs com prazo acima de cinco anos, retorno de 3,24% no período, ajuste de preços, incertezas fiscais.
Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) revelam que os títulos de longo prazo tiveram um desempenho excepcional em julho. O IMA Geral, carteira de títulos públicos marcados a mercado, teve uma variação de 1,36% no mês, totalizando 3,81% no ano.
Para quem busca diversificar seus investimentos, é importante considerar a performance das diferentes carteiras e tipos de papéis disponíveis no mercado. A análise detalhada dessas opções pode ajudar a tomar decisões mais assertivas e rentáveis. medidas
Títulos: Modelo de Marcação a Mercado e Medidas de Congelamento
A chamada ‘marcação a mercado’ é um modelo que mensura a aplicação pelo valor que o investidor teria se fosse resgatá-la naquele dia. Conforme a entidade, dois fatores contaram para o avanço dos títulos de longo prazo em julho. Um deles foi o anúncio das medidas de congelamento de recursos por parte do governo – em julho o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou uma contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento deste ano como uma forma de manter o déficit fiscal entre zero e 0,25% do Produto Interno Bruto -. Além disso, a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) reduza os juros americanos nos próximos meses permitiu um ajuste de preços mais favorável dos títulos com prazos mais longos, ainda que permaneçam incertezas fiscais no mercado.
Investimentos: Ajuste de Preços e Incertezas nos Mercados
O IMA-B5+, que reflete as NTN-Bs (títulos indexados à inflação) com prazo acima de cinco anos, apresentou retorno de 3,24% no período, mas ainda registra perda no ano, na ordem de 1,97%. O IMA-B 5, que reflete as NTN-Bs com prazo até cinco anos, avançou 0,91% em julho, acumulando no ano 4,27%. Entre os títulos prefixados, o IRF-M 1 (prefixado até um ano) avançou 0,94% e o retorno no ano foi de 5,49%. A carteira de prefixados mais longos, o IRF-M 1+ (prefixados acima de um ano), variou 1,55% e 1,77%, no mês e no ano respectivamente.
Papéis: Desempenho dos Títulos Privados e Carteiras de Debêntures
O IMA-S, carteira das LFTs (Letras Financeiras do Tesouro) em mercado e de menor prazo entre os subíndices do IMA (um dia útil) variou 0,94% e mantém a melhor performance no ano (6,31%), resultado do ambiente de maior aversão ao risco que caracterizou a maior parte deste ano, explica a Anbima. Os papéis corporativos, sobretudo nos prazos mais longos, também registraram retornos positivos. O IDA Geral, que reflete a carteira das debêntures marcadas a mercado, variou 1,64% e 6,84% no mês e no ano, respectivamente. Com a marcação a mercado, o valor aplicado oscila tanto para cima como para baixo, a depender do humor do mercado e da variação do cenário econômico.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo