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Cofundador da Oaktree Capital vê mercado americano um pouco caro, mas não preocupante. Enxerga mais oportunidades em crédito, com altos retornos previstos.
Em um período marcado por quebra de recordes dos índices nos Estados Unidos, com as empresas de tecnologia vendo seus <a href="https://novaerainforma.com.br/?s=valuations" valuations em patamares bastante elevados, naturalmente começam a surgir questionamentos entre investidores sobre se o mercado não estaria passando por excessos, com o surgimento de uma bolha.
Essa preocupação com a possibilidade de uma bolha no mercado financeiro não é exclusiva dos investidores nos Estados Unidos. Em diversos países, os analistas financeiros estão atentos aos sinais de possíveis distorções nos valores das ações e nos investimentos em geral. É essencial manter uma postura cautelosa e analisar com cuidado as oportunidades no mercado financeiro para evitar possíveis prejuízos.
Howard Marks analisa o cenário do mercado financeiro americano
Para Howard Marks, cofundador da Oaktree Capital, gestora com US$ 192 bilhões em ativos sob gestão, o mercado americano está aquecido, com alguns setores apresentando valuations e múltiplos esticados. No entanto, Marks não vê grandes excessos na economia ou nos mercados, o que considera não problemático. Em sua participação no evento Avenue Connection, em São Paulo, na quarta-feira, 24 de julho, via videoconferência, ele destacou que não há excesso de otimismo nem setores superaquecidos na economia.
Marks, conhecido por seu estudo dos ciclos de mercado e autor de um livro sobre o tema em 2018, observa que o P/L das bolsas americanas está um pouco alto em comparação com o histórico, com o múltiplo do S&P 500 cerca de 20% acima da média. No entanto, ele não vê isso como motivo de preocupação. O mercado americano tem sido impulsionado pelo bom desempenho das empresas de tecnologia, mas Marks ressalta que em outros segmentos as ações não estão com valuations muito elevados.
A percepção de um possível excesso de euforia no mercado americano é contrabalançada pela cautela dos investidores, que demonstram preocupações com questões geopolíticas e o cenário econômico. Apesar de considerar as ações em patamares razoáveis, Marks acredita que as principais oportunidades de retorno estão no mercado de crédito, onde os retornos previstos estão em níveis historicamente altos.
Com os juros em patamares elevados e o Federal Reserve revertendo a política monetária adotada após a crise financeira de 2009, Marks enxerga diversas oportunidades no mercado, desde títulos mais seguros até papéis high yield. Ele destaca a possibilidade de retornos na casa dos dois dígitos, algo que há algumas décadas seria impensável. Os retornos estão atrativos e podem ser alcançados de forma relativamente tranquila, segundo Marks.
Fonte: @ NEO FEED
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