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Pesquisadores europeus afirmam que prática de atividades físicas em pacientes com metástase não apenas pode, mas deve ser parte do programa de treinamento supervisionado para aliviar a síndrome da fadiga.
A sugestão de se exercitar está incluída nas diretrizes internacionais para pacientes com câncer avançado, porém cientistas europeus analisaram os estudos e perceberam a carência de recomendações para indivíduos diagnosticados com câncer de mama em estágio avançado, que frequentemente lidam com sintomas como fadiga física e mental.
Além disso, a falta de diretrizes específicas para pacientes com tumores de mama avançados pode impactar negativamente a qualidade de vida dessas pessoas, ressaltando a importância de pesquisas adicionais para melhorar o suporte e o tratamento de cânceres avançados. atividades físicas
Câncer de Mama Avançado: Benefícios do Treinamento Supervisionado
Um estudo abrangente, realizado em diversos centros internacionais e publicado na Nature Medicine, revelou a importância dos treinos para pacientes com tumores de mama avançado. Os cientistas constataram que a prática de atividades físicas direcionais não apenas pode, mas deve ser incorporada ao tratamento, devido aos efeitos positivos na qualidade de vida.
O ensaio clínico envolveu 355 mulheres e dois homens com câncer de mama metastático, cuja média de idade era de 55 anos. Os participantes foram divididos em dois grupos: um grupo de controle, que recebeu orientações para praticar atividade física, e outro grupo que iniciou um programa de treinamento supervisionado, adaptado às suas necessidades individuais.
Durante nove meses, os voluntários foram acompanhados, sendo que, nos últimos três meses, uma sessão semanal contou com a assistência de um aplicativo. Além disso, todos receberam um dispositivo wearable para registrar suas atividades diárias.
A cada trimestre, os participantes responderam a questionários abordando aspectos físicos e mentais, incluindo a síndrome da fadiga, que é caracterizada por exaustão física, emocional e mental persistente. Para avaliar a aptidão física, foram utilizadas bicicletas ergométricas.
Karen Steindorf, do Centro Alemão de Pesquisa do Câncer (DKFZ) e Centro Nacional de Doenças Tumorais (NCT) Heidelberg, destacou a importância do gerenciamento dos sintomas relacionados ao câncer de mama avançado, especialmente para mulheres com cânceres metastáticos em terapia de longo prazo.
O projeto foi financiado pela União Europeia e coordenado pelo Centro Médico Universitário de Utrecht, na Holanda. Antes do início do ensaio, metade dos participantes relatou fadiga acima do limite de importância clínica, enquanto mais da metade apresentava baixo funcionamento físico, dor e falta de ar.
Os benefícios da atividade física foram evidentes a partir do sexto mês de prática, com melhora significativa na fadiga, falta de ar e dor. Esses benefícios se mantiveram até o final do estudo. Os pesquisadores ressaltaram que, embora estudos anteriores tenham demonstrado os benefícios do exercício para pacientes com câncer de mama em estágios iniciais, havia uma lacuna em relação aos casos metastáticos.
O treinamento estruturado mostrou-se eficaz na melhora da qualidade de vida e na participação social das mulheres com câncer de mama avançado. Com base nos resultados obtidos, recomenda-se que pacientes em estágios avançados da doença participem de programas de treinamento direcionados, visando uma vida mais ativa e saudável.
Fonte: @ Veja Abril
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