O presidente do Flamengo se diz favorável a eleição de um jogador uruguaio, posição que ele defende, mas faz referência a perda de milhões pela equipe na contratação do jogador.
Arrascaeta, conhecido por sua habilidade de jogar como meio-campista, ganhou uma camisa 10, um número prestigioso no futebol brasileiro, após a eleição. No entanto, a decisão da diretoria do Flamengo causou reações negativas, indicando um problema de amadorismo e falta de planejamento na gestão.
O jogador, que tem sido fundamental para o sucesso do Flamengo, agora é simbolicamente o número 10, e o dinheiro investido nessa camisa é visto por alguns como um gasto desnecessário. Alguns acreditam que o número 10 é uma tradição reservada a jogadores de elite, e sua atribuição a um jogador que já tem um estilo de jogo definido pode criar confusão entre os torcedores.
Camisa 10 do Flamengo: Um Simbolo de Glória e Desafio
Nesta quarta-feira, dia marcante para a história do Flamengo, o novo presidente, Luiz Eduardo Baptista, também conhecido como Bap, compartilhou suas reflexões sobre a saga da camisa 10, um número que sempre esteve preso ao coração do clube. ‘Eu sempre defendi que o Arrascaeta fosse o dono da camisa 10, mas critico a forma como o processo foi conduzido,’ disse o novo mandatário.
A camisa 10, uma vez do lendário Zico, passou por mais de 30 donos ao longo dos anos, e não é de hoje que o debate sobre sua posse se intensificou. Bap relembrou como apresentou a ideia de que a camisa 10 deveria ser do uruguaio dois anos atrás, quando ainda era presidente, mas enfrentou resistência. ‘Eu disse: ‘Quando a gente der a camisa 10 para o Arrascaeta, devemos comprar 1 milhão de camisas e colocar o número 10 e o nome do Arrascaeta.’ Dois anos depois, quando deu a camisa 10 para o Arrascaeta, não havia camisas com o número 10 nem o nome do jogador, e as lojas não estavam preparadas. Foi uma demonstração de amadorismo, de queimar dinheiro.’
O anúncio da camisa 10 foi feito na última segunda-feira, num momento que deixou o jogador Arrascaeta, de férias na Itália, emocionado. ‘Eu fico feliz com essa notícia e minhas palavras desde que cheguei ao Flamengo são só de gratidão por tudo o que eu tenho vivido dentro do clube. A camisa 10 é muito especial. Eu sei o tamanho e o peso que ela tem. Vou me preparar da melhor forma possível para representar da melhor forma dentro de campo e fora também,’ disse Arrascaeta em agradecimento.
A camisa 10 estava disponível desde que o Flamengo retirou a numeração de Gabigol, após o episódio polêmico em que o atacante vestiu a camisa do Corinthians. A ideia inicial da gestão era que uma eventual contratação na janela do meio do ano pudesse usar o número, e Lucas Paquetá foi quem ganhou força nos bastidores.
Com a camisa 10, Arrascaeta já conquistou 13 títulos e se tornou um dos jogadores com mais títulos pelo Flamengo. O uruguaio divide o posto com Gabigol, Bruno Henrique, Júnior e Zico, e seu desempenho impressionante com a camisa 14, onde fez 290 jogos, 186 vitórias, 60 empates e 44 derrotas, com 73 gols e 88 assistências.
A história da camisa 10 do Flamengo é um reflexo da complexidade do futebol e da importância da sua simbologia. Com a posse da camisa 10, o jogador Arrascaeta assume um desafio sério, não apenas em campo, mas também na construção de uma nova identidade para o clube.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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