Investidores mudam de ações de tecnologia para setores tradicionais antes das eleições. Dow Jones e índices de ações registraram movimentos.
Na última reunião do mês, os principais índices de ações de São Paulo subiram depois que a inflação preferida pelo banco central brasileiro (Banco Central do Brasil, o BC) ficou em linha com as expectativas em julho, impulsionando as bolsas locais.
No segundo parágrafo, o mercado financeiro brasileiro reagiu positivamente à notícia, refletindo a confiança dos investidores nas bolsas nacionais e no cenário econômico do país. A expectativa é de que esse movimento de alta se mantenha nas próximas semanas, fortalecendo ainda mais o desempenho das bolsas brasileiras.
Bolsas em Destaque: Análise do Mercado Financeiro
O dado recente gerou ainda mais expectativa em relação ao relatório de empregos da próxima semana, que terá um papel crucial na definição do corte de juros na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed, agendada para o dia 18 de setembro. O índice Dow Jones apresentou um aumento de 0,55% durante a sessão, atingindo a marca de 41.563,08 pontos, encerrando o mês com um crescimento de 1,76%. Enquanto isso, o S&P 500 registrou um avanço de 1,01%, alcançando 5.648,40 pontos e acumulando um aumento de 2,28% ao longo do mês de agosto, marcando o quarto mês consecutivo de valorização. Já o Nasdaq teve um ganho de 1,13% na sessão, encerrando em 17.713,62 pontos.
O índice que engloba ações do setor de tecnologia apresentou um aumento de 0,65% no mês. Diego Chumah, gestor de bolsa do fundo ASA Hedge, destacou que a variação mensal do S&P 500 não reflete a montanha-russa que foi o mês de agosto para os ativos de risco no cenário internacional. No início do mês, dados de emprego nos EUA mais fracos do que o esperado geraram preocupações sobre uma possível recessão na maior economia do mundo, movimento que foi acentuado por fatores técnicos e posteriormente por declarações mais severas do presidente do Banco do Japão. Em um curto intervalo de apenas quatro dias, o S&P 500 chegou a cair 6%, enquanto o Nasdaq e o Topix, índice da bolsa japonesa, recuaram 7% e 20%, respectivamente.
No entanto, novos indicadores econômicos dos Estados Unidos dissiparam os temores de recessão. A inflação americana continuou a mostrar uma tendência de queda nos preços, e Powell expressou um discurso mais comprometido com a possibilidade de cortes nos juros a partir de setembro. Jerome Powell, presidente do Fed, afirmou em uma coletiva que o Comitê Federal de Mercado Aberto está se aproximando do momento do corte e que, se a inflação desacelerar e o mercado de trabalho esfriar, um corte dos juros em setembro pode ser considerado.
De modo geral, as bolsas americanas encerraram o mês de agosto com resultados positivos, evidenciando a volatilidade do mercado. As ações da Nvidia, por exemplo, apresentaram uma recuperação de 1,5% no dia, compensando parte das perdas registradas após a divulgação do balanço do segundo trimestre. Chumah ressaltou que, embora a Nvidia tenha apresentado números sólidos, houve algumas dúvidas em relação à entrega de seu novo chip, o que gerou incertezas entre os investidores.
O movimento de rotação dos investidores do setor de tecnologia para empresas de menor e médio porte, bem como para setores mais tradicionais da economia, continuou ao longo do mês. Isso se refletiu no aumento do Dow Jones, que recentemente renovou recordes históricos. A proximidade das eleições presidenciais nos EUA e as incertezas associadas a elas têm levado os investidores a buscar uma maior diversificação em seus portfólios, optando por opções mais defensivas. A iminência do ciclo de cortes nos juros também tem influenciado a preferência dos investidores por ações cíclicas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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