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Relatório oficial do mercado de trabalho: Dow Jones cai 0,27%; S&P 500 estável; Nasdaq sobe 0,37%, reforçando estratégia-chefe da corretora.
Os principais indicadores do mercado de trabalho do Brasil oscilam sem uma tendência clara à medida que os investidores analisam os dados do relatório oficial de emprego do país, o CAGED, que foi divulgado recentemente.
Enquanto isso, a situação do mercado de trabalho informal continua sendo um desafio para a economia, com trabalhadores autônomos buscando oportunidades de trabalho em meio à incerteza econômica.
Relatório do Mercado de Emprego nos EUA Reforça Expectativas de Corte de Juros
Os dados divulgados recentemente sobre o mercado de emprego nos Estados Unidos elevaram as expectativas dos investidores em relação às ações do Federal Reserve, o Fed, em relação à taxa de juros. Por volta do meio-dia, os principais índices de Wall Street apresentavam movimentos mistos: o Dow Jones registrava uma leve queda de 0,27%, o S&P 500 mantinha-se estável, enquanto o Nasdaq mostrava um avanço de 0,37%.
Entre as empresas em destaque, a Tesla se destacava com um aumento de 0,9% em suas ações, impulsionada pela crescente demanda por veículos elétricos da marca no mercado chinês. O relatório de emprego, conhecido como payroll, revelou que os EUA criaram 206 mil empregos em junho, um número inferior aos 272 mil registrados em maio, mas ainda acima das expectativas de 200 mil. A taxa de desemprego ficou em 4,1%, ligeiramente acima do esperado 4%.
O salário médio por hora teve um aumento de 0,29% em junho, em linha com as projeções do mercado. No entanto, as revisões para baixo nos números de criação de empregos de abril e maio totalizaram uma redução de 111 mil vagas. Essas revisões, juntamente com o aumento da taxa de desemprego, estão sendo interpretadas como sinais de que o mercado de trabalho pode estar perdendo força.
Para o Wells Fargo, as revisões para baixo e o aumento da taxa de desemprego são evidências adicionais de que o excesso de força no mercado de trabalho está diminuindo. Os dados mais recentes sobre a inflação, combinados com a desaceleração no mercado de trabalho, reforçam a argumentação de que o Fed pode começar a reduzir a taxa de juros já na próxima reunião, marcada para 18 de setembro.
William Castro Alves, estrategista-chefe da corretora Avenue, observa que o relatório de emprego de junho apresentou números mais robustos do que o previsto. No entanto, ele ressalta que algumas nuances tornam a análise mais cautelosa do que os dados principais sugerem. As revisões para baixo nos números de criação de empregos, o crescimento salarial em linha com as expectativas e o aumento da taxa de desemprego são aspectos que merecem atenção.
O setor público foi o principal responsável pela criação de empregos, enquanto o setor privado mostrou um desempenho relativamente fraco, em consonância com os dados do ADP divulgados anteriormente. A leitura do Payroll indica que a economia e o mercado de trabalho dos EUA estão dando sinais de desaceleração, o que tem impacto direto nas taxas dos títulos de dívida do governo americano no curto prazo.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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