Sateliot e Myriota entram no mercado de satélites, desafiando a liderança da Starlink com serviços de internet das coisas via tecnologia de satélite, órbita terrestre, com constelações de satélites operadas por empresas estrangeiras e nacionais, incluindo a empresa de comunicações via satélite da SpaceSail.
As constelações de satélites de baixa órbita são projetadas para oferecer serviços de comunicação mais eficientes e escaláveis. Com a expansão contínua da demanda por internet e comunicação de dados, as empresas precisam de soluções que sejam capazes de atender às necessidades crescentes de conectividade. As constelações de satélites de baixa órbita são consideradas uma opção promissora para atender a esse crescimento.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorizou a operação de duas empresas estrangeiras no Brasil com suas constelações de satélites de baixa órbita. A espanhola Sateliot obteve o direito de explorar 150 satélites por cinco anos. Com essa autorização, as empresas poderão desenvolver e operar suas plataformas de satélites, proporcionando serviços de comunicação mais eficientes e escaláveis para os usuários no Brasil. Essas constelações de satélites de baixa órbita permitirão ainda mais comunicação eficaz e conectividade em todo o país.
Demanda por satélites é crescente no Brasil
O Brasil está prestes a adentrar uma nova era de tecnologia de satélites, com a incorporação progressiva de constelações de satélites de baixa órbita. Em 2023, duas novas empresas, a espanhola Sateliot e a australiana Myriota, foram autorizadas pela Anatel a operar no país. A Sateliot utilizará freqüências para serviços de internet das coisas (IoT), enquanto a Myriota atuará por 15 anos com 208 satélites. A utilização dessas freqüências possibilita à empresa um longo período de exploração, garantindo conectividade para serviços de IoT.
A australiana afirma que sua operação cobrirá 99% do território brasileiro em 95% do tempo, sem interferir nos sinais de outras companhias. No entanto, as estrangeiras não terão prioridade no espectro, já que a Anatel busca promover a entrada de constelações de empresas nacionais, como a empresa de satélites de baixa órbita, que está em constante expansão.
A empresa espanhola operará nas freqüências de 1.994 MHz a 1.996 MHz para o enlace de subida e de 2.184 MHz a 2.186 MHz para o enlace de descida, com conectividade para serviços de internet das coisas (IoT). Já a Myriota utilizará as freqüências de 399,9 MHz a 400,05 MHz (enlace de subida) e de 400,15 MHz a 401 MHz (enlace de descida), que fazem parte da faixa UHF. Essa faixa possibilita à empresa um longo período de exploração.
A E-Space, uma empresa franco-americana de comunicações via satélite, obteve autorização da Anatel para operar no Brasil em 9 de setembro. O governo brasileiro também negocia uma concessão com a chinesa SpaceSail. Juscelino Filho, ministro das comunicações, chegou a visitar a fábrica da SpaceSail na China e ofereceu a base militar de Alcântara, no Maranhão, para testes.
Concorrência intensa no mercado de satélites de baixa órbita
O mercado de satélites de baixa órbita no Brasil é dominado pela Starlink, de Elon Musk, que já enfrentou desafios com o governo e o judiciário nacional. Hoje, a Starlink possui cerca de 6.290 satélites em operação na órbita terrestre, mas sua autorização no Brasil é limitada a 4,4 mil satélites. A Amazon, considerada uma das maiores concorrentes da Starlink, recebeu autorização para operar no Brasil em 2022. Apesar dos atrasos, a empresa de Jeff Bezos prevê o lançamento de parte de seus satélites em 2025. Sua constelação terá aproximadamente 3.236 satélites, com concessão para exploração por cinco anos.
Desafios e oportunidades para as empresas de satélites
A entrada de novas empresas no mercado de satélites de baixa órbita traz desafios e oportunidades para as empresas existentes. A Anatel busca promover a entrada de constelações de empresas nacionais, o que pode aumentar a concorrência e a competitividade no mercado. Além disso, a utilização de freqüências para serviços de IoT pode abrir novas oportunidades de negócios para as empresas de satélites.
Impacto na indústria de tecnologia de satélites
A incorporação progressiva de constelações de satélites de baixa órbita pode ter um impacto significativo na indústria de tecnologia de satélites. A utilização de satélites para serviços de IoT pode aumentar a demanda por tecnologia de satélite, o que pode impulsionar a inovação e o desenvolvimento de novos produtos e serviços. Além disso, a entrada de novas empresas no mercado pode aumentar a competitividade e a eficiência na produção de satélites.
Fonte: @Baguete
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