Desabafo de jogadores europeus sobre calendário inchado acende alerta sobre greve. Sindicato mundial destaca que a temporada será decisiva para a saúde dos atletas, com carga de trabalho intensa na Champions League, Mundial de Clubes e Nations League.
No calendário da temporada 2024/25, os jogadores do Manchester City e do Real Madrid, dois dos principais clubes do mundo, podem atingir um número impressionante de partidas. Com a inclusão do novo Mundial de Clubes e a introdução da Champions League em novo formato, o calendário está mais cheio do que nunca.
Com tantas competições importantes, a agenda dos jogadores será ainda mais apertada. O cronograma da temporada inclui a programação da Champions League, a grade de jogos da liga nacional e, claro, o novo Mundial de Clubes. É um desafio para os times manterem a forma física e mental ao longo de tantas partidas. A gestão do tempo e a estratégia serão fundamentais para o sucesso. Com até 79 partidas no calendário, os jogadores precisarão estar preparados para enfrentar o desafio.
O Calendário Inchado e a Sobrecarga dos Jogadores
O calendário de futebol está cada vez mais congestionado, e isso está gerando preocupação entre os jogadores e treinadores. A expansão do calendário de jogos, com mais partidas de clubes e seleções, em todos os meses do ano, está levando a uma sobrecarga nos atletas. O desabafo do meio-campista Rodri, do Manchester City, reverberou em todo o mundo do futebol. Ele não está sozinho em sua crítica ao calendário inchado.
O goleiro Alisson, do Liverpool e da seleção brasileira, também expressou sua insatisfação com a falta de ouvido dos jogadores em relação às mudanças no calendário. O defensor Koundé, do Barcelona, foi mais direto: ‘Não escutam os protagonistas’. O meio-campista De Bruyne criticou a Fifa e a Uefa por deixarem pouco espaço para descanso e pré-temporada.
A Fifa e a Uefa não comentaram sobre o assunto, mas a confederação europeia introduziu uma nova fase de mata-mata na Nations League, competição de seleções que ocorre a cada dois anos, nas datas Fifa. Além disso, os clubes têm compromissos e amistosos de pré-temporada, o que aumenta a carga de trabalho dos jogadores.
A Carga de Trabalho e os Riscos de Lesões
O sindicato internacional dos jogadores de futebol (FIFPro) divulgou um estudo sobre a carga de trabalho na temporada passada (2023/24), com entrevistas com atletas e treinadores, mais projeções para os próximos anos. De 1500 jogadores monitorados, 54% vivenciaram ‘altas ou excessivas demandas de trabalho’ em 2023/24. Um terço deles foi relacionado para mais de 55 jogos no ano, incluindo compromissos por seleções, e 30% encararam sequências de no mínimo seis semanas consecutivas com duas partidas ou mais por semana.
O atacante Julián Álvarez, do Atlético de Madrid e da seleção da Argentina, disputou 75 partidas na temporada passada e foi relacionado para 83. Atletas de elite como Álvarez, que disputam competições até o final e também representam seus países nas equipes nacionais, passaram 88% do tempo no ambiente de trabalho.
O infográfico abaixo traz a projeção da FIFPro para a quantidade de jogos de Foden, do Manchester City, e Valverde, do Real Madrid. Eles podem bater 77 jogos na temporada 2024/25, somando compromissos por clube e seleção. Esse número pode passar de 80 no ano seguinte.
A Agenda e o Cronograma de Jogos
A agenda de jogos está cada vez mais congestionada, com mais partidas de clubes e seleções, em todos os meses do ano. O cronograma de jogos está levando a uma sobrecarga nos atletas, com mais estresse e riscos de fadiga e lesões. O técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, pediu que se reduza o número de jogos para ter competições mais atraentes.
O calendário de jogos está afetando a programação dos clubes e seleções, com mais compromissos e amistosos de pré-temporada. A grade de jogos está cada vez mais cheia, com mais partidas de clubes e seleções, em todos os meses do ano. Isso está levando a uma sobrecarga nos atletas, com mais estresse e riscos de fadiga e lesões.
A Reação dos Jogadores e Treinadores
Os jogadores e treinadores estão reagindo à sobrecarga do calendário de jogos. O meio-campista De Bruyne criticou a Fifa e a Uefa por deixarem pouco espaço para descanso e pré-temporada. O técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, pediu que se reduza o número de jogos para ter competições mais atraentes.
O sindicato internacional dos jogadores de futebol (FIFPro) divulgou um estudo sobre a carga de trabalho na temporada passada (2023/24), com entrevistas com atletas e treinadores, mais projeções para os próximos anos. O estudo mostra que os jogadores estão sendo engolidos pela expansão do calendário de jogos, com mais partidas de clubes e seleções, em todos os meses do ano.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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