Desfiles sobre orixás podem estar em esgotamento criativo, a reciclagem de temas é explicação para repetição, como na Baixada Santista.
Desde os dias de Carnaval, a expectativa é a mesma: a vitória das escolas de samba. Com mais de 30 anos de história, as 65 escolas de samba da UESP se destacam pela criatividade e movimento em seus desfiles ao longo do feriado. Em 22 de fevereiro, o Carnaval chega em São Paulo e o movimento das escolas de samba em suas avenidas de desfile é marcante.
Para se chegar ao topo, as 65 escolas de samba da UESP precisam, primeiro, dos grupos de acesso ao Especial. Com o tema do ano ainda desmascará-se, as escolas de samba se preparam com os passos de samba e vestimentas que vão se destacar em seus desfiles. Além disso, as escolas de samba precisam de um tema que se destaque entre as 65 escolas de samba da UESP.
Carnaval: Um Grito de Alerta para a Preservação da Natureza
Para os sambistas Paulinho da Leandro e Ernesto Prata, é hora de explorar novos caminhos, além das histórias sagradas afro, sobretudo religiosas. A repetição de temas afro, sobretudo religiosos, está crescendo como um incômodo nas escolas de samba do bairro de São Paulo, e 2025 não será diferente. A União das Escolas de Samba Paulistanas (UESP) já está divulgando os títulos dos sambas-enredo, que reúnem 65 agremiações na quarta divisão do carnaval paulistano, e as escolas de samba como a Lavapés, fundada em 1937, e Uirapuru da Moca, vão falar de Xangô e Oxóssi, respectivamente.
Um Novo Caminho para as Escolas de Samba
Ernesto Prata, compositor e atuante no carnaval paulistano, defende que as escolas de samba devem olhar para outras realidades, como a periferia, onde o negro e o pobre estão inseridos, e que a negritude e a africanidade sejam protagonistas desses temas. ‘Eu não acho que deva se extinguir o tema afro, mas que as escola tenham olhos para outras realidades’, diz Prata, que é da Baixada Santista e radicado em São Paulo desde a década de 1980.
Variação de Temas e a Importância da Preservação
Paulinho da Leandro, da Leandro de Itaquera, aponta que as escolas de samba estão cansando-se de falar sobre orixás e que é hora de variar os temas. ‘Todo mundo começou a reutilizar material, por isso que deu esse monte de enredo falando de orixá’, diz. Em 2025, a Leandro de Itaquera vai falar de preservação do meio ambiente e começou a produção de fantasias e adereços do zero, sem reaproveitar objetos. ‘O foco nosso é a questão da natureza, é um grito de alerta: a palavra-chave é preservação’, explica Paulinho.
O Carnaval Paulistano Em 2025
O carnaval paulistano, em 2025, promete ser ainda mais vibrante, com as escolas de samba se preparando para os desfiles de 2025, e a quarta divisão do carnaval paulistano, reunião de 65 agremiações, que disputam para chegar aos dois grupos de acesso e, depois, ao grupo Especial. As escolas de samba como a Lavapés, fundada em 1937, e Uirapuru da Moca, vão falar de Xangô e Oxóssi, respectivamente, e a Leandro de Itaquera vai falar de preservação do meio ambiente.
Fonte: @ Terra
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