Suspeitos obtiveram ganhos financeiros significativos explorando mulheres brasileiras, formando um círculo de milionários que ofereciam aulas de práticas sexuais em viagens ao exterior, disfarçadas de turismo sexual.
No Brasil, a exploração de mulheres é um problema grave e persistente, especialmente em grandes cidades como São Paulo. Recentemente, um caso envolvendo coaches estrangeiros e um brasileiro chamou a atenção das autoridades, que os tornaram réus por atrair menores e induzir a exploração de mulheres.
A exploração de mulheres é um crime que envolve a manipulação e o abuso de poder para obter vantagens sexuais ou financeiras. Nesse caso específico, os réus foram acusados de usar táticas de coação para atrair menores e induzi-las a se envolver em atividades sexuais. Além disso, eles também foram acusados de aproveitamento da vulnerabilidade dessas mulheres para obter benefícios pessoais. A justiça brasileira deve agir rapidamente para punir esses crimes e proteger as vítimas de exploração. A luta contra a exploração é um desafio constante e exige a colaboração de todos os setores da sociedade.
Exploração Sexual: Coaches Estrangeiros e Brasileiro Respondem por Crimes
A Justiça Federal de São Paulo tornou réus dois coaches estrangeiros e um brasileiro que davam cursos sobre como conquistar mulheres, acusados de atrair menores de 18 anos à exploração e induzir à exploração mediante fraude com lucro. Os suspeitos Mike Pickupalpha e David Bond, do site Millionaire Social Circle (‘Círculo Social de Milionários’), organizaram uma festa no Morumbi, Zona Sul de São Paulo, em fevereiro de 2023, para que seus alunos tivessem uma aula prática de como conquistar uma mulher. A festa contou com a presença de garotas menores de 18 anos, o que levou à acusação de exploração sexual.
A dupla de coaches estrangeiros, que se autodenominam ‘mestres da arte de namorar’, comanda o Millionaire Social Circle, site que vende cursos que custam de US$ 12 mil (cerca de R$ 63 mil) a US$ 50 mil (cerca de R$ 263 mil). Os pacotes dos cursos incluem viagens a diversos países do mundo para ‘aulas práticas’ em que ensinam seus alunos a ‘conquistar’ mulheres. A dupla já afirmou viver nos Estados Unidos e viajou com seu grupo de alunos para países como Chile, Colômbia, Costa Rica e Filipinas.
Abuso e Manipulação: Aulas Práticas de Conquista
O brasileiro Fabrício Marcelo Silva de Castro Junior, que se diz ‘mentor de homens’, foi o responsável por assinar o contrato de locação da mansão onde foi realizada a festa para os estrangeiros. Ele oferece uma mentoria chamada ‘código da confiança’, em que ensina os homens a ‘desenvolver a segurança e confiança necessária para atrair o desejo das mulheres’. No entanto, a Justiça Federal de São Paulo acusou os três de atrair menores de 18 anos à exploração e induzir à exploração mediante fraude com lucro.
A Justiça também apreendeu o passaporte do brasileiro para impedir sua saída do país durante o processo. De acordo com a decisão, ‘a medida se mostra necessária para aplicação da lei penal, tendo em vista que a parte acusada possui passaporte e visto americano’, e está sendo acusada de atuar com estrangeiros, ‘que poderiam auxiliar na sua saída do território nacional e na sua manutenção em território estrangeiro’.
Círculo de Abuso: Turismo Sexual e Coação
A dupla de coaches estrangeiros parou de compartilhar seus conteúdos nas redes sociais do Millionaire Social Circle e, atualmente, usa uma nova página, o Self Investment Socialites. O novo site tem uma lista com os lugares que a dupla já visitou, como São Paulo. No entanto, a Justiça Federal de São Paulo acusou os três de atrair menores de 18 anos à exploração e induzir à exploração mediante fraude com lucro, o que levou à acusação de exploração sexual e turismo sexual.
A Justiça também apontou que os suspeitos conseguiram ‘significativos ganhos financeiros a partir da exploração sexual de mulheres brasileiras, em prática conhecida como turismo sexual’. A decisão da Justiça Federal de São Paulo é um passo importante para combater a exploração sexual e o abuso de mulheres no Brasil.
Fonte: @ Nos
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