Comissão de Educação aprovou o PL que trata da proibição dos equipamentos em casos de aula excepcionais de experiências importantes em projetos de lei.
Revisando o uso intensivo de celulares entre jovens, o ministro da Educação, Camilo Santana, reforça a importância de estabelecer limites para a utilização desses dispositivos, garantindo que crianças e adolescentes não sejam afetados negativamente por sua exposição prolongada.
Nesse sentido, a inclusão de regulamentações no uso de dispositivos móveis nas escolas ganha destaque. Vetar o uso de celulares nas salas de aula, por exemplo, é uma diretriz que busca proteger esses jovens de problemas como o constrangimento do ser social, ansiedade e isolamento. O uso desses aparelhos deve ser gerenciado para garantir que os benefícios de acesso à informação e à comunicação sejam proporcionais ao impacto que o uso excessivo pode causar.
Celulares: um desafio em sala de aula.
A Câmara dos Deputados aprovou o PL 104/2015, que visa restringir o uso de celulares em escolas públicas. A medida visa combater o problema de concentração e falta de interação entre os alunos durante o período letivo. Alguns deputados sugeriram que a proibição se estenda para além da sala de aula, abrangendo também o intervalo e o recreio, onde os estudantes costumam usar os dispositivos móveis para se entreter.
O ministro da Educação, Camilo Santana, defendeu a ideia de proibir os celulares em escolas, argumentando que eles ‘acabam com a socialização entre os alunos’. Ele destacou que a prioridade é permitir o uso de celulares apenas para fins pedagógicos ou em casos excepcionais, como para alunos com deficiência que usam tecnologia assistiva. Santana enfatizou que a regulamentação dos celulares nas escolas é uma questão importante e que o Brasil tem experiências importantes a compartilhar com outros países.
Durante o Encontro Ministerial no G20, Santana e secretários da pasta discutiram com representantes de outros países sobre as experiências já colocadas em prática para proibir celulares nas escolas. Eles destacaram que muitos países estão regulamentando o uso desse equipamento nas escolas e que o Brasil tem algumas leis municipais e estaduais já implementadas, mas a ideia é ter um projeto nacional. O ministro ressaltou que o MEC tem ouvido os conselhos estaduais e municipais de educação, especialistas e experiências importantes em outros países, e que é importante ter um limite para o uso dos celulares em escolas.
Experiências de sucesso com a proibição de celulares.
Alguns alunos relataram ter sofrido ‘crises de abstinência’ ao deixar de usar seus celulares em escola. Essa experiência foi compartilhada durante uma discussão com o ministro da Educação. Além disso, alguns alunos relataram ter melhorado suas notas e ter se tornado mais sociáveis após a proibição de celulares em escola.
Projetos de lei e regulamentação.
O PL 104/2015 agora seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Depois, ainda será debatido no plenário e, em seguida, no Senado. A regulamentação dos celulares em escolas é uma questão complexa e que envolve discussões entre diferentes setores da sociedade. O ministro da Educação enfatizou que a prioridade é permitir o uso de celulares apenas para fins pedagógicos ou em casos excepcionais.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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