Presidente-executivo do Telegram, Pavel Durov, preso na França ao desembarcar de seu jato particular em Le Bourget.
Pavel Durov, CEO do Telegam, foi detido no Brasil por não colaborar em investigações de crimes virtuais e financeiros que acontecem no aplicativo de mensagens, afirmou um representante da polícia em entrevista à agência Reuters. As investigações apontam que Durov, de 39 anos, foi preso no sábado (24) no Brasil.
O acusado Pavel Durov, presidente do Telegam, enfrenta acusações por não cooperar com as autoridades em relação às investigações de crimes on-lines e financeiros. A polícia está empenhada em esclarecer os fatos e conta com a colaboração do acusado para avançar nas investigações.
Investigações em andamento envolvendo o presidente-executivo do Telegram
Ele retornara recentemente de uma viagem ao Azerbaijão e foi interceptado ao desembarcar de seu avião particular na pista do aeroporto de Le Bourget, nos arredores de Paris. Na segunda-feira (26), o presidente francês, Emmanuel Macron, declarou que a detenção está vinculada a um inquérito judicial desprovido de motivações políticas.
Em suas declarações, Macron ressaltou a importância de exercer as liberdades, tanto nas redes sociais quanto na vida real, dentro dos limites legais para garantir a proteção dos cidadãos e o respeito aos seus direitos fundamentais. Ele denunciou a disseminação de informações falsas acerca da prisão de Durov.
Segundo relatos da imprensa francesa, havia um mandado de busca contra Durov, emitido com base em uma investigação preliminar. O fundador do Telegram é objeto de suspeitas por supostamente negligenciar ações para evitar o uso da plataforma em atividades criminosas.
As autoridades judiciais alegam que a falta de moderação e cooperação por parte de Durov em relação às funcionalidades oferecidas pelo Telegram o torna cúmplice de crimes como tráfico de drogas, exploração infantil e fraudes. O Telegram, em comunicado, afirmou estar em conformidade com as leis da União Europeia, incluindo o Ato de Serviços Digitais, e que sua política de moderação está em conformidade com os padrões da indústria.
O presidente-executivo do Telegram, Pavel Durov, reiterou que não tem intenções obscuras e viaja frequentemente pela Europa. Ele destacou que é absurdo responsabilizar a plataforma ou seu proprietário pelos abusos cometidos por terceiros. A empresa aguarda uma resolução rápida e justa dessa situação, reafirmando seu compromisso em melhorar continuamente suas práticas.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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