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Minissérie sobre líderes da Revolução Acreana, sindical ambientalista, sem consentimento para uso tácito de suas histórias.
Via @portalmigalhas | ‘Amazônia: de Galvez a Chico Mendes’ é uma minissérie escrita pela acreana Glória Perez e exibida pela Globo em 2007. A história retrata a luta e o legado de Chico Mendes, líder sindical e ativista ambiental que dedicou sua vida à preservação da floresta amazônica.
Em um dos episódios, a trama destaca a coragem dos seringueiros que, assim como Chico Mendes, enfrentaram grandes desafios para proteger a natureza. A viúva de Chico Mendes, Ilzamar Mendes, também é uma figura importante na narrativa, mostrando a força e a determinação das mulheres que continuam a luta iniciada por seus parceiros.
Chico Mendes: o legado do seringueiro ambientalista
A minissérie escrita acranamente sobre a história da Revolução Acreana trouxe à tona a vida de líderes como Luis Galvez, Plácido de Castro e Leandro e Augusto Rocha. No entanto, é na figura de Chico Mendes que a trama se aprofunda, retratando sua luta como líder sindical ambientalista.
A viúva de Chico Mendes, Ilzamar Mendes, não ficou satisfeita com a representação de sua história na minissérie. Em uma ação judicial, ela busca indenização pelos danos morais causados pela utilização de sua imagem sem consentimento. A Justiça brasileira analisará o caso na próxima terça-feira, 18, na 4ª turma do STJ.
Ilzamar alega que a Globo fez uso não autorizado de sua imagem, retratando-a de forma equivocada e inverídica. A emissora, por sua vez, defende que houve consentimento tácito para a realização da série, necessária para a narrativa histórica.
Na primeira instância, a juíza Ivete Tabalipa condenou a Globo a indenizar a viúva de Chico Mendes, destacando a falta de prova do consentimento para uso da imagem. A emissora foi obrigada a pagar 0,05% do lucro obtido com a minissérie, mas os danos morais não foram comprovados.
Os filhos de Chico Mendes também entraram com uma ação contra a Globo, alegando uso não autorizado da imagem do ambientalista. Em decisão posterior, a 1ª câmara Cível do TJ/AC aumentou a indenização por danos materiais para 2% dos lucros da minissérie e incluiu uma compensação por danos morais de R$ 30 mil para cada autor.
A batalha judicial em torno da representação de Chico Mendes na minissérie continua a levantar questões sobre o uso de imagens e a necessidade de consentimento para sua utilização em produções comerciais. O legado do seringueiro ambientalista permanece vivo, inspirando novas reflexões sobre ética e responsabilidade na representação de figuras públicas.
Fonte: © Direto News
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