Ex-goleiro de 55 anos, Campeón del Siglo, participou de pancadaria no Estádio Centenário em 1999, durante a Copa Mercosul.
Em meio ao barulho da torcida, um nome ecoava forte: Clemer. O goleiro que conquistou a admiração dos torcedores com suas defesas incríveis e seu espírito de luta. Nascido em São Luís, no Maranhão, Clemer cresceu com o sonho de jogar pelo Flamengo, time que sempre apoiou desde pequeno.
Com sua carreira em ascensão, Clemer se destacou no Brasileiro de 96, defendendo a Portuguesa com habilidade e determinação. Seu desempenho chamou a atenção dos dirigentes do Flamengo, que o contrataram um ano depois. Hoje, após se aposentar do futebol, Clemer se dedica à vida de fazendeiro, mas seu legado como um dos melhores goleiros da década de 90 continua vivo na memória dos torcedores. Um verdadeiro ídolo do futebol brasileiro.
O Início dos Títulos de Clemer
Clemer, o goleiro que marcou a história do Flamengo, conquistou seus primeiros títulos de vermelho e preto em 1999, um ano que também foi marcado por uma pancadaria no fim do jogo entre Peñarol e Flamengo. Em 9 de dezembro daquele ano, o Flamengo entrou no Estádio Centenário com uma missão tranquila, mas apenas no ponto de vista esportivo. Com a vaga na decisão da Copa Mercosul encaminhada, Clemer e seus companheiros estavam preocupados em fazer o básico para avançar.
A presença de muitos uruguaios ao redor do campo foi uma surpresa para o time brasileiro. ‘Acho que teve uma preliminar, e o pessoal do juniores deles ficou no jogo. Parece que estava tudo armado para ter a confusão’, lembra Clemer. A provocação ao Athirson no fim do jogo foi uma preparação para que tudo acontecesse. Hoje, aos 55 anos, Clemer afirma que a expectativa por problemas em Montevidéu começou a ser sentida ainda no Maracanã, tamanha a facilidade com a qual o Flamengo venceu o Peñarol.
A Tensão no Estádio Centenário
A vitória fácil do Flamengo no Maracanã havia criado uma atmosfera tensa em Montevidéu. ‘Quando nós levamos essa vantagem para lá, já sabíamos que o clima seria ruim’, afirma Clemer. A tensão aumentou quando um dos marcadores começou a se irritar com os dribles e a velocidade de Athirson, grande destaque daquele time. ‘Mas o jogo em si é que foi o problema, cara. Porque a gente tinha uma molecada muito boa, acho que os caras mais experientes eram Célio Silva e eu’, lembra Clemer.
A confusão começou mesmo foi com o Athirson, que estava numa fase em que fazia de tudo e estava voando. ‘Quando nós abrimos a vantagem de 2 a 1, o cara começou a falar que ia bater nele. Ele falava: ‘Bate, que eu vou pegar a bola para cima de ti’. Dava caneta e fazia aquela onda toda’, afirma Clemer. A situação se tornou cada vez mais tensa, e o goleiro Clemer se viu no meio da confusão.
A Reação de Clemer
Clemer, o jogador que havia se tornado um fazendeiro, reagiu à situação com calma e experiência. ‘Eu sou um cara que sempre tenta manter a calma, mesmo em situações difíceis’, afirma. No entanto, a avalanche de uruguaios em amarelo e preto foi demais para ele. ‘Cadê meu time?’, perguntou Clemer, assustado com a situação. A confusão foi um momento marcante na carreira de Clemer, e ele ainda lembra da tensão e da violência que cercaram o jogo.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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