Esper Kallás afirma que, mesmo com aprovação de candidato a imunizante pelas Anvisa, a prevenção contra doenças depende de medidas tradicionais, como combate ao Aedes aegypti e remoção de entulho, para viabilizar o uso de candidata a vacina.
A dengue é uma doença que afeta milhares de pessoas em todo o Brasil, e a vacina contra ela é uma opção promissora para combater essa doença, com a expectativa de que possa ser aprovada ainda este ano. O diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás, destaca a importância de continuar com as medidas tradicionais de combate à doença, como a limpeza de áreas de vegetação, remoção de possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti e a aplicação de inseticidas de forma controlada.
A vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan está em avaliação pela Anvisa, e mesmo que seja aprovada, as doses não serão suficientes para toda a população, reforçando a necessidade de continuidade das medidas preventivas. A doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e a vigilância para detectar focos do mosquito é fundamental para evitar surtos da doença. A eficácia da vacina é alta, mas a vacinação não é uma garantia de proteção absoluta, e a população precisa estar atenta às ações de combate ao mosquito.
Butantan antecipa entrega de 1 milhão de doses da vacina dengue para 2025
O instituto de vacinas entrou com pedido de registro da candidata a vacina contra a dengue para a agência reguladora no mês passado e espera que a aprovação seja concedida em 90 dias. Se isso acontecer, o instituto já poderá entregar 1 milhão de doses da Butantan-DV em 2025, e outras 100 milhões estarão disponíveis para o Ministério da Saúde nos anos de 2026 e 2027. A introdução da vacina imunizante visa combater a doença, que tem sido um problema de saúde pública por causa da falta de vacinas disponíveis em quantidades suficientes.
A Anvisa está analisando os dados entregues pelo instituto e a expectativa é que o parecer seja dado em março. No entanto, a falta de vacinas disponíveis em 2025 vai ser um desafio, e o instituto está contando com medidas tradicionais de enfrentamento, como a eliminação de criadouros de mosquito, como garrafas e pneus, e a remoção de entulho, para mitigar os efeitos da doença principalmente no desenvolvimento de casos graves.
A vacina QDenga, que está disponível, está sendo utilizada apenas para a população de 10 a 14 anos e não é suficiente para atender à demanda. A expectativa é que as doses da Butantan-DV sejam entregues em 2026 e 2027, mas isso ainda depende da aprovação da Anvisa.
A explosão de casos de dengue no Brasil em 2024, com 6,6 milhões de casos prováveis e 6.103 mortes, levou o Ministério da Saúde a registrar 101.485 casos e 15 óbitos em 2025. A preocupação é que o surto continue, especialmente com o retorno da circulação do sorotipo 3 da doença após 17 anos, que pode desencadear infecções entre pessoas que nunca foram infectadas por ele.
A presença do sorotipo 2 foi apontada como responsável pela explosão de casos em 2024, devido à vulnerabilidade da população. A mudança climática também é um fator que contribui para o aumento dos casos de dengue.
A remoção de entulho e a cobertura da caixa d’água ou piscinas inativas são medidas essenciais para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da doença. Além disso, a vacinação é uma medida eficaz para prevenir a doença.
A introdução da vacina Butantan-DV irá aumentar a disponibilidade de doses para a população, especialmente em 2026 e 2027. A expectativa é que as doses sejam entregues em quantidades suficientes para atender à demanda e reduzir a incidência da doença.
Fonte: @ Veja Abril
Comentários sobre este artigo