Julgamento marcado para 27 de novembro determinará o futuro da SAF do Vasco no imbróglio com a seguradora 777, considerando o capítulo de recurso, com exceção da arbitragem, que assumiu o papel de instrumento de resolução.
Após a decisão do desembargador Ricardo Leite, a Vasco terá direito a continuar o processo de venda de 60% das ações da equipe, com o futuro de um novo presidente no comando do clube. A 777 Partners, por sua vez, tem o futuro da equipe em mãos e busca manter o controle da equipe. A decisão do juiz será o próximo passo na batalha judicial entre a associação do Vasco e a 777 Partners.
O juiz Ricardo Leite ressaltou que o recurso da 777 Partners foi impetrado de forma tardia e que o agravo de instrumento não foi fundamentado de forma adequada. Além disso, o juiz também destacou que a decisão do desembargador Ricardo Leite foi unânime, com a presença de três desembargadores ao julgamento. Esse julgamento, que acontece no próximo dia 27 de novembro, pode decidir o futuro de uma equipe de futebol que é uma das mais antigas do Brasil. A decisão do juiz será crucial para o futuro da equipe.
Derrota no futuro do futebol vascaíno
A questão central é como a decisão do Tribunal de Justiça irá afetar o futuro da SAF cruzmaltina, especialmente considerando a situação de crise financeira em que a empresa se encontra. O recurso interpôs pela 777, agora controlada pela A-Cap, visa rever a decisão de primeira instância que afastou a empresa do controle da SAF do Vasco e suspendeu os contratos em vigor. O agravo é baseado no artigo 477 do Código Civil e levou em consideração as notícias relacionadas à situação financeira da empresa, acusada de fraude nos Estados Unidos por pegar empréstimos e dar como garantia fundos que não lhe pertencem, ou nem mesmo existem.
Decisão de recurso é marca de julgamento
O Tribunal de Justiça vai confirmar ou não a decisão de primeira instância, e esse é o objeto do recurso. Nesta próxima decisão, porém, o diferencial é que não caberá recurso. Caso o Tribunal de Justiça mantenha a decisão da 4ª Vara Empresarial, de suspensão dos efeitos do contrato de venda da SAF à 777, o Vasco passa ficar em definitivo com todas as ações da empresa, cabendo exclusivamente ao presidente Pedrinho e seus pares diretos negociarem a venda da empresa para um novo grupo investidor. A associação será representada pelo vice-presidente jurídico do Vasco, Felipe Carregal. Do lado da 777, provavelmente será enviado um representante da A-CAP, já que a seguradora assumiu o controle da rotina da empresa desde que a mesma decretou falência.
Futuro do futebol está marcado por julgamento
A escolha da árbitra que fará a composição da mesa da Arbitragem da Fundação Getúlio Vargas (FGV) é crucial para o futuro do futebol do Vasco. A advogada Paula Andrea Forgioni será a presidente da mesa do julgamento envolvendo o clube e a empresa norte-americana, e o voto desta presidente tem peso maior. O Vasco indicou a advogada Ana Tereza Basílio, enquanto a A-CAP escolheu o advogado Maurício Almeida Prado. Em até 90 dias, essa corte de arbitragem vai deliberar sobre a validade do contrato entre Vasco e 777 (A-CAP). Caso se decida pela anulação, a Vasco SAF deixará de existir, e o associativo voltará a ter o controle integral do futebol.
Importância da decisão para o futuro
A decisão da corte de arbitragem é importante para o futuro do futebol vascaíno em dois aspectos:1) Se o Tribunal de Justiça mantiver a liminar concedida em maio, nada muda, e o Vasco segue com o controle do futebol, em busca de um novo investidor; 2) Se o Tribunal de Justiça acatar o pedido da 777, A-CAP passa a controlar o futebol do Vasco, com 70% das ações da Vasco SAF, assim como era antes da batalha judicial. Até o presente momento, a 777 integralizou 31% das ações adquiridas da Vasco SAF, ou seja, neste momento 69% pertencem à associação, que controla o futebol.
Fonte: @ ESPN
Comentários sobre este artigo