Novidades e histórias estimulam aprendizagem, enquanto sono e atividade física reduzem o estresse e aprimoram conexões neuronais.
Estudantes e educadores reconhecem o papel fundamental do hipocampo na formação da memória, especialmente durante o processo de aprendizado. O hipocampo é responsável pela consolidação de novas informações em longo prazo, envolvendo-se diretamente nas atividades de estudo e revisão de conteúdo.
A intensa preparação para a realização de provas de exames, como o Enem, pode exigir uma rotina de estudo ativa, envolvendo a revisão de diversos conteúdos, como matemática e ciências. Com o auxílio do hipocampo, os estudantes podem melhorar sua capacidade de reter informações, tornando-se mais confiantes ao enfrentar provas, como o Enem, buscando garantir uma vaga no ensino superior. Ao longo do processo de ensino, atividades que estimulem a atividade do hipocampo podem ser benéficas para o aprendizado.
Desvendando o Segredo do Aprendizado: O Papel do Hipocampo
O neurocientista Bogdan Draganski, do Hospital Universitário Insel em Berna, na Suíça, revela que não existem truques rápidos ou ‘atalhos fáceis’ para o sucesso escolar. Segundo ele, aprender é um processo individual, onde as ‘diferenças individuais de motivação, atenção e cognição’ de cada um fazem com que não exista uma forma única de aprender. Este é o verdadeiro desafio, especialmente quando se trata de enfrentar provas e exames.
O Hipocampo e o Processo de Aprendizado
O cérebro armazena memórias como conexões entre os neurônios, particularmente nas regiões do hipocampo e da amígdala cerebral. A essas conexões dá-se o nome de sinapse. Novas memórias são formadas quando os neurônios criam novas sinapses com outros neurônios, gerando uma teia de conexões neuronais. Mas é preciso trabalhar na manutenção dessas memórias se quisermos acessá-las depois. A rotina de estudo pode ser fundamental, mas é crucial entender como o cérebro processa as informações.
Compreendendo o Processo de Aprendizado
A ciência ainda não sabe ao certo o que acontece no cérebro quando aprendemos informação que é mais complexa que uma única memória. Os mecanismos que regem a formação, consolidação e recuperação bem-sucedidas da memória episódica ainda são elusivos. Isso porque o aprendizado é um processo ‘tremendamente complexo’ no cérebro, que depende de estímulos sensoriais, emoções, níveis de estresse, centros de processamento cognitivo e redes de memória. É preciso encontrar o equilíbrio entre o estudo e a recuperação para aproveitar ao máximo as conexões neuronais.
Praticando a Recuperação Ativa
Aprender e reter novas informações dependem de dois processos principais: a codificação, quando as novas informações são inicialmente aprendidas, e a consolidação, quando essas informações são fortalecidas nas áreas de memória do cérebro. Estudos sugerem que praticar a ‘recuperação ativa’ – o ato de testar a si mesmo sobre o que aprendeu – melhora a retenção da memória em comparação com o estudo passivo, que inclui hábitos como a releitura de anotações. O hipocampo desempenha um papel fundamental nesse processo.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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