ouça este conteúdo
Autorização automática ativada pela plataforma para aprimorar o Glok, IA similar ao ChatGPT, com ajuste fino de treinamento e falta de transparência no compartilhamento de dados.
O X está utilizando dados dos usuários para treinar o Grok, sua inteligência artificial (IA) generativa que concorre com o ChatGPT. A companhia de Elon Musk fez uma atualização na página de configurações para que os usuários possam decidir se posts e interações podem ser utilizados no treinamento da IA, porém manteve a opção ativada por padrão. De acordo com o X, esses dados dos usuários serão empregados para o ‘treinamento e ajuste fino’ da IA.
O X está utilizando dados dos usuários para treinar o Grok, sua inteligência artificial (IA) generativa que concorre com o ChatGPT. A empresa de Elon Musk atualizou a página de configurações para que os usuários possam decidir se suas informações pessoais podem ser usadas no treinamento da IA, mantendo a opção ativada por padrão. Segundo o X, esses dados dos usuários serão utilizados para ‘treinamento e ajuste fino’ da IA.
Como proteger os dados pessoais dos usuários
A recente alteração gerou reações negativas de alguns usuários, que expressaram insatisfação com a falta de transparência do X (consulte abaixo). Para evitar que o X colete dados para IALogar, siga as instruções abaixo:
1. Acesse o X no computador – este procedimento só pode ser realizado no formato web;
2. Vá para a opção ‘Configurações‘, localizada na parte inferior da aba no lado esquerdo da tela;
3. Clique em ‘Privacidade e Segurança’;
4. Selecione a opção ‘Grok’, no menu do lado direito da tela;
5. Desative o ‘Compartilhamento de dados’ ao clicar na seta que preenche essa opção.
O caso da Meta e o compartilhamento de dados dos usuários
Os usuários da Meta, empresa proprietária do Instagram, Facebook e WhatsApp, enfrentaram uma situação semelhante em junho. Naquela época, a plataforma permitiu o uso de dados pessoais dos brasileiros para treinar sistemas de inteligência artificial (IA) generativa por meio de uma atualização em sua política de privacidade. No entanto, no mês seguinte, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) ordenou que a Big Tech interrompesse essa prática, sob pena de multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.
A ANPD justificou sua decisão citando o ‘risco iminente de dano grave e irreparável ou de difícil reparação aos direitos fundamentais dos titulares afetados’. Essa medida foi tomada após o Instituto de Defesa dos Consumidores (Idec) apontar que a forma como a empresa estava utilizando os dados violava leis brasileiras, uma vez que os usuários não foram informados previamente, a opção de oposição à prática era considerada ‘pouco intuitiva’ e poderia resultar em uma vantagem excessiva para a empresa. Enquanto a Meta defendeu que a mudança estava em conformidade com a legislação brasileira, expressou estar ‘desapontada com a decisão’.
Agora, mais do que nunca, a importância da transparência e da proteção dos dados dos usuários é evidente. É essencial que os usuários tenham controle sobre suas informações pessoais e que as empresas ajam de acordo com as regulamentações vigentes para garantir a privacidade e segurança de todos.
Fonte: © G1 – Tecnologia
Comentários sobre este artigo