Equipes de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal foram atacadas a tiros durante ação de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé, sob coordenação do Instituto Brasileiro.
Um violento confronto entre garimpeiros e servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e da PRF (Polícia Rodoviária Federal) na Terra Indígena (TI) Sararé, no Mato Grosso, resultou em cinco mortos na madrugada deste sábado (28). A região é conhecida por ser alvo de garimpeiros que buscam explorar os recursos naturais da área.
O confronto foi resultado de uma operação conjunta entre as autoridades para combater a presença de mineradores ilegais na região. No entanto, a ação foi recebida com resistência por parte dos invasores, que se recusaram a deixar a área. A situação se tornou ainda mais tensa quando os criminosos começaram a atirar contra os servidores, resultando em uma tragédia. A segurança da região é uma preocupação constante e ações como essa são necessárias para proteger a integridade da Terra Indígena. A luta contra a exploração ilegal é um desafio contínuo.
Conflitos na Terra Indígena Sararé
As equipes de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foram atacadas a tiros durante uma operação de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé, iniciada na última segunda-feira (23). Durante o intenso confronto, cinco garimpeiros foram baleados e morreram no local, de acordo com a PRF.
A operação resultou na apreensão de seis armas com os criminosos, incluindo um fuzil 556, uma submetralhadora, uma espingarda calibre 12, duas pistolas e um revólver, além de munições, miras refletivas e carregadores. Além disso, foram destruídas 30 escavadeiras, 22 caminhonetes, dois caminhões, uma pá-carregadeira, seis motocicletas, 25 acampamentos e 5.000 litros de combustível, além de diversos motores e equipamentos.
Impacto Ambiental e Violência
A Terra Indígena Sararé, com 67 mil hectares, é habitada por cerca de 250 indígenas nambikwara e foi homologada em 1985. No entanto, a região vem sendo pressionada pela invasão de garimpeiros, que avançam sobre a área e cercam as aldeias. Um levantamento do Greenpeace divulgado no final de agosto aponta que 2024 teve um recorde de alertas de garimpo na TI Sararé, com 570 hectares de desmatamento associados à mineração identificados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Além do impacto ambiental, a presença das atividades ilegais se converte em violência. Relatos das lideranças indígenas indicam que facções criminosas regionais, ligadas ao Comando Vermelho, estão operando nos garimpos abertos ao longo do limite oeste do território. Na última segunda-feira, confrontos entre os próprios garimpeiros, que disputam o controle de áreas de exploração dentro da terra indígena, resultaram em pelo menos quatro mortos e um ferido. Esses mineradores, que são na verdade invasores, criminosos, estão causando danos irreparáveis à região e colocando em risco a vida dos indígenas e dos próprios garimpeiros.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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