A repetição de comportamentos nocivos de familiares pode impedir nosso crescimento e gerar crenças limitantes, como baixa autoestima, devido a padrões excessivamente rigidos e responsabilidades crescentes desde cedo.
Crescer em uma família disfuncional pode ter consequências duradouras na vida adulta, afetando a autoestima e a forma como se vê o mundo. Muitas pessoas que viveram essa experiência podem desenvolver crenças limitantes e padrões de pensamento que não os ajudam a alcançar o sucesso pessoal e profissional.
A baixa autoestima pode ser um dos principais obstáculos, pois pode levar a uma falta de confiança em si mesmo, dificultando tomar decisões e enfrentar desafios. Além disso, a autocritica excessiva pode ser um resultado de uma infância disfuncional, onde as pessoas aprenderam a se criticar de forma severa e constante. Isso pode levar a uma estima baixa e a uma dificuldade em se valorizar. Uma vez que a pessoa tem algo de bom para falar sobre si mesma, é difícil saber o que é você e como crescer como um ser humano, o que é você.
Autoestima – A Luta Contínua
De acordo com o psicólogo Bernardo Peña, uma família disfuncional pode não fornecer o ambiente adequado para que as crianças cresçam com um nível de autoestima saudável. Este ambiente pode ser marcado por violência doméstica, manipulação, conflitos, pais excessivamente permissivos ou autoritários e problemas de comunicação, empatia ou inteligência emocional. A boa notícia é que o passado não precisa determinar o futuro e nem afetar nossa autoestima. O primeiro passo para mudar esse cenário é identificar as crenças negativas que podem ter sido desenvolvidas ao crescer em uma família disfuncional.
Crenças Limitantes e Autoestima
Quando crianças crescem em famílias disfuncionais, podem desenvolver a crença de que é necessário resolver todos os problemas, conflitos e responsabilidades familiares. Isso acontece porque pais imaturos podem transferir responsabilidades emocionais para seus filhos. Por exemplo, eles podem pedir que os filhos resolvam problemas financeiros, cuidem de irmãos mais novos ou lidem com conflitos entre os pais. Esse excesso de responsabilidade pode ser um padrão típico em famílias disfuncionais, mas também pode ocorrer em outras situações. A Dra. Annie Tanasugarn, em um artigo para o Psychology Today, destaca que essa crença pode levar a sentimentos de exaustão mental e diminuição da autoestima.
Padrões Não Saudáveis e Estima
Quando crescem em famílias disfuncionais, as crianças podem normalizar padrões de comportamento que não são saudáveis, como críticas constantes, rejeição ou depreciação. Por exemplo, um pai pode fazer piadas sobre a vida amorosa de um filho, ou uma mãe pode criticar as decisões de escolha de carreira de um filho. Esses padrões podem levar a sentimentos de incompetência, baixa estima e ansiedade. No entanto, é importante refletir sobre como esses padrões nos fazem sentir. A psicóloga Rosario Linares diz que é fundamental avaliar se a família nos faz sentir apoiados e aceitos, ou se nos deixa com sentimentos de exclusão ou rejeição. Se a família não oferece suporte emocional, é hora de questionar esses padrões e buscar um ambiente mais saudável.
Conflitos – O Caminho para Autoestima
Evitar conflitos não é uma opção saudável. Na verdade, é um comportamento típico de quem cresceu em uma família disfuncional. A psicóloga Dra. Laura Berman, em um artigo, destaca que ao evitar conflitos, podemos perpetuar padrões de comunicação problemáticos e evitar a resolução de problemas. Isso pode levar a sentimentos de frustração, raiva e diminuição da autoestima. Ao invés disso, é importante aprender a lidar com conflitos de forma saudável, ouvindo as necessidades e desejos de todos os envolvidos e buscando uma solução que atenda às necessidades de todos.
Conclusão
O primeiro passo para mudar o curso da nossa vida é identificar as crenças negativas que podem ter sido desenvolvidas ao crescer em uma família disfuncional. Isso inclui assumir mais responsabilidades do que necessário, normalizar padrões não saudáveis e evitar conflitos. Ao questionar essas crenças e buscas um ambiente mais saudável, podemos aumentar nossa autoestima e melhorar nosso bem-estar. Lembre-se, o passado não precisa determinar o futuro.
Fonte: @ Minha Vida
Comentários sobre este artigo