ouça este conteúdo
Debatesessão com contadora no Senado sobre resolução do Conselho contraaborto e interrupção da gestação, citando a OMS.
O Senado inicia uma sessão de discussão sobre aborto com uma encenação contra o aborto. Luciano Huck interrompe o programa ‘Domingão’ e protesta contra o PL do aborto, expressando sua profunda indignação com a situação.
Enquanto isso, Wanessa reage após ser xingada durante um show em Minas Gerais, levantando questões sobre a interrupção da gravidez e a liberdade de expressão. O que é transmasculinidade? Uma reflexão importante sobre identidade de gênero e inclusão social.
Debate e Resolução do Conselho sobre o Aborto
O Senado Federal promoveu uma debatesessão intensa nesta segunda-feira, 17, em relação à resoluçãodo Conselho Federal de Medicina (CFM) que proíbe a assistolia fetal, um procedimento crucial para a interrupçãogravidez após 22 semanas de gestação. O início da sessão foi marcado por uma encenação controversa que repercutiu amplamente nas redes sociais.
A encenação, realizada pela contadora de histórias Nyedja Gennari, a convite do senador Eduardo Girão (NOVO-CE), presidente da sessão, retratou de forma dramática as supostas palavras de um feto durante a assistolia. O texto abordou a técnica, recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para casos de interrupçãoda gestação permitidos por lei.
Durante o debate, o presidente do CFM, José Hiran da Silva Gallo, expressou sua posição contra a assistolia, descrevendo-a como um ato desumano e doloroso. A discussão gerou opiniões divergentes entre os parlamentares presentes, com destaque para a postura crítica do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Pacheco demonstrou irritação com a sessão e manifestou sua insatisfação nos bastidores, afirmando que não tolerará mais o uso do plenário para esse tipo de evento. Ele também criticou a falta de posicionamentos contrários à proibição da assistolia e ao Projeto de Lei 1904 de 2024, que busca equiparar o aborto ao crime de homicídio.
O presidente enfatizou a importância de considerar diferentes perspectivas, critérios técnicos, científicos e a legislação vigente em futuros debates sobre o tema. A sessão, liderada por Girão, contou com a presença de parlamentares favoráveis ao PL, como Damares Alves (Republicanos-DF), Bia Kicis (PL-DF) e Chris Tonietto (PL-RJ).
O PL 1904/2024 tem gerado intensos debates no cenário político, especialmente após a aprovação da urgência de votação pela Câmara. A proposta pretende criminalizar o aborto realizado após 22 semanas de gestação, mesmo em casos de estupro, em resposta a uma decisão do STF. A votação simbólica na Câmara gerou críticas, principalmente do PSOL, que se opõe ao projeto.
Com o apoio da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) e da Frente em Defesa da Vida, o PL 1904/2024 continua em discussão, refletindo a complexidade e a sensibilidade do tema do aborto na sociedade atual.
Fonte: @ Nos
Comentários sobre este artigo