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Identifique sintomas, busque ajuda médica, vacine-se para prevenir doenças. Aumento de surtos, ampliação da vigilância em países.
Nos últimos tempos, o Brasil tem testemunhado um crescimento considerável nos registros de uma enfermidade pulmonar altamente transmissível que muitos acreditavam estar controlada: a coqueluche.
Infelizmente, a coqueluche tem se espalhado rapidamente, causando preocupação devido aos sintomas graves, como tosse convulsa, que podem afetar gravemente a saúde das pessoas. É essencial estar atento aos sinais e buscar ajuda médica ao menor sinal de tosse persistente.
Alerta da SES sobre o aumento dos casos de coqueluche no Rio de Janeiro
Nesta segunda-feira, 8 de junho, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES) emitiu um alerta para a população sobre o aumento dos casos de coqueluche no estado que, de acordo com dados colhidos até a última quinta-feira (4), já somam 34 em todo o estado. O Ministério da Saúde também emitiu uma nota destacando a ocorrência de surtos da doença em países da Ásia e Europa e recomendou a ampliação e intensificação da vacinação contra a coqueluche, além do fortalecimento das ações de vigilância epidemiológica da doença no Brasil.
A coqueluche é mais comum do que as pessoas imaginam. Mas, como os sintomas são parecidos com os da gripe, o problema acaba recebendo menos atenção do que deveria, explicou a pediatra Luíza Helena em entrevista anterior ao MinhaVida. A seguir, confira mais detalhes sobre o comunicado do Ministério da Saúde, o que é a coqueluche, os principais sintomas que indicam a doença, tratamentos e os primeiros sinais que apontam a necessidade de procurar ajuda médica.
Ampliação da vigilância e ações contra a coqueluche
Recentemente, o Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica alertando sobre o aumento dos casos de coqueluche na Ásia e Europa, recomendando a ampliação da vacinação contra a doença no Brasil, que tem se espalhado de forma preocupante, especialmente entre crianças e adolescentes. Dados recentes do MS mostram que a incidência da doença cresceu em comparação ao mesmo período do ano passado e esse aumento pode estar relacionado à queda na cobertura vacinal. No Brasil, o estado de São Paulo registrou 139 casos de coqueluche até o dia 8 de junho e no Rio de Janeiro já são 34 casos da doença confirmados.
Temos notado um aumento importante no número de casos de coqueluche, principalmente em crianças e adolescentes de 10 a 19 anos. Por isso, reforçamos a necessidade de o público-alvo ser vacinado com todas as doses de reforço para garantir a imunização necessária contra a doença, destacou a secretária de saúde do Rio de Janeiro Cláudia Mello em um comunicado à imprensa.
Identificando os sintomas da coqueluche
Os sinais iniciais da coqueluche são leves e se assemelham aos de um resfriado comum, durando de uma a duas semanas. Nesse período, a tosse é suave, mas logo se intensifica, causando espasmos respiratórios. Esses espasmos são frequentemente acompanhados por vômitos, tosse súbita e incontrolável, que ocorre rapidamente após uma inspiração. Na fase seguinte, os sintomas começam a diminuir, um processo que pode levar de duas a três semanas, mas que muitas vezes pode se estender por meses. Por outro lado, esses sinais acabam sendo extremamente perigosos para recém-nascidos e crianças com menos de um ano. O corpo de um recém-nascido é muito delicado, e a tosse intensa provocada pela coqueluche pode romper vários vasos sanguíneos, causando hemorragias e, em casos mais graves, podendo levar ao óbito, alertou a pediatra Luíza Helena em entrevista anterior ao MinhaVida.
Fonte: @ Minha Vida
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