Equilíbrio rigoroso entre economia dos EUA sob Biden e Trump, com PIB e emprego a favor do democrata, inflação domada e aumento da renda média anual.
A divisão política intensa nos Estados Unidos, polarização política, levou a uma situação única, onde os democratas e os republicanos estão extremamente concorridos em termos populares nas eleições presidenciais. Isso gerou uma incerteza significativa em relação ao resultado de uma eleição, tornando difícil prever com certeza um vencedor.
A capacidade dos democratas de se manterem competitivos, apesar da polarização, é um indicativo de seu compromisso com a democracia e a capacidade de se adaptar às mudanças políticas. Já os republicanos, com sua base sólida nos Estados Unidos, demonstram uma capacidade de resistência às forças políticas adversas. Essa situação de paridade entre os dois partidos políticos democratas e republicanos contribui para a dificuldade em prever o resultado de uma eleição presidencial, tornando-a cada vez mais desafiadora.
Eleições Americanas: Desempenho Econômico sob Biden e Trump
Até a véspera das eleições americanas, que ocorreram na terça-feira, 5 de novembro, todas as pesquisas continuaram revelando um empate técnico entre Kamala Harris, democrata, e Donald Trump, republicano, dois candidatos presidenciais que concorriam pela Casa Branca. As duas campanhas tentaram explorar um trunfo para ‘desempatar’ essa disputa, enfatizando as análises do desempenho da economia dos EUA sob os mandatos de Donald Trump e Joe Biden, dois presidentes de partidos rivais. Confrontando os dados, o resultado apenas reforçou esse equilíbrio.
Os democratas, liderados por Harris, buscaram destacar os indicadores-chave que refletem o desempenho econômico dos EUA, incluindo o crescimento do PIB, inflação, taxa de desemprego e aumento da renda. Embora os resultados fossem mistos, os democratas apresentaram uma visão mais otimista, destacando que o PIB cresceu mais sob o governo de Biden, enquanto a taxa de desemprego foi a mais baixa em 70 anos. Já os republicanos, liderados por Trump, enfatizaram a inflação baixa e o crescimento da renda mais elevado durante seu mandato.
Os analistas advertem que os resultados das gestões Biden e Trump foram fortemente impactados pela pandemia, que teve início no último ano de mandato do republicano e virou de cabeça para baixo os planos de governo do democrata. Trump recorreu aos resultados econômicos de seu mandato para celebrar uma suposta vantagem em relação a Harris, que representa o legado de Biden nesse tema.
A ironia é que o indicador mais importante para se medir o desempenho econômico de um país, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), é amplamente favorável aos democratas. Durante os primeiros três anos de Trump no cargo, o PIB ajustado pela inflação cresceu a uma taxa anual de 2,8%, do quarto trimestre de 2016 ao quarto trimestre de 2019. No entanto, a pandemia duramente atingiu o PIB, e a taxa média anual de todo o mandato do republicano ficou em 1,8%.
A economia dos EUA, sob o governo de Biden, começou a se recuperar fortemente dos efeitos da pandemia durante o primeiro ano no cargo. Do fim de 2020 até o segundo trimestre deste ano, o PIB real cresceu a uma taxa anual de 3,2%, índice maior do que o esperado antes da pandemia. No acumulado, o PIB dos EUA cresceu 7,6% durante os quatro anos de Trump no cargo – bem menos que o avanço de 11,8% durante a gestão Biden. O democrata deve fechar seu mandato com maior crescimento do PIB desde a presidência de Bill Clinton (1993-2001).
Um dos principais diferenciais entre os dois candidatos foi a gestão da inflação. Sob Trump, a inflação foi muito mais baixa do que sob Biden. De janeiro de 2017 a janeiro de 2021, a inflação dos EUA subiu 7,8% no acumulado. Já sob Biden, a inflação disparou, subindo quase 20% acima dos níveis de janeiro de 2021, maior aumento desde o primeiro mandato de Ronald Reagan (1981-1985). Essa disparidade na gestão da inflação foi um dos principais argumentos utilizados por Trump em sua campanha para se destacar em relação a Harris.
Fonte: @ NEO FEED
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