Três ex-funcionários da polícia rodoviária federal são acusados de tortura e homicídio triplamente qualificado.
O julgamento do caso de asfixia de Genivaldo de Jesus Santos, após ser preso pela Polícia Militar, não deixou indiferente a mãe dele, que achou que sua presença não era necessária.
Com emoção contida, Maria Vicente de Jesus se dirigiu ao júri de homicídio e lamentou a deriva do processo. “Eu estava presente no dia 14 de janeiro de 2022, quando meu filho foi asfixiado pela Polícia Militar. Por que agora?”, questionou ela durante seu depoimento.
Acusados de Homicídio Sócios de Julgamento
Os ex-agentes da PRF Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia enfrentam acusações graves, incluindo tortura e homicídio triplamente qualificado, no contexto do julgamento. O advogado Glover Castro, responsável pela defesa de William, sustenta que não havia intenção de praticar o crime de homicídio. Por outro lado, a defesa de Kléber Freitas, representada pelo advogado Carlos Barros, alega que o julgamento esclarecerá a verdade e que a atuação de seu cliente esteve plenamente alinhada à função de policial.
A mãe da vítima, Maria Vicente, entrou na sala de audiência por volta das 8h30 e contou sobre sua vida após a morte do filho, Genivaldo. Ela descreveu a convivência com o filho e como agora convive com sua ausência, destacando que a ausência do filho é muito dolorosa e a deixou ainda mais doente. Maria Vicente também expressou que não recebeu apoio da sociedade desde a morte do filho, apenas duas cestas básicas foram enviadas pela prefeitura logo após a morte dele. Ela depende da ajuda de amigos para se deslocar até Estância.
Os depoimentos devem continuar até o final do dia. A expectativa é de que nove testemunhas sejam ouvidas nesta quarta-feira. Na terça-feira, primeiro dia de julgamento, o sobrinho de Genivaldo, Walison de Jesus Santos, prestou depoimento. Ele presenciou a abordagem de seu sobrinho por ex-agentes da PRF e descreveu o momento como difícil e doloroso. Genivaldo tinha 38 anos, era diagnosticado com esquizofrenia e pai de um menino que na época tinha 7 anos. Ele foi morto em 25 de maio de 2022 durante uma abordagem policial.
Detalhes do Julgamento
O julgamento dos ex-agentes da PRF está em andamento, com a expectativa de que novas testemunhas sejam ouvidas. A defesa de Kléber Freitas alega que o julgamento esclarecerá a verdade e que a atuação de seu cliente foi plenamente alinhada à função de policial. Por outro lado, o advogado Glover Castro sustenta que não houve intenção de praticar o crime de homicídio. A mãe da vítima expressou que a ausência do filho é muito dolorosa e que não recebeu apoio da sociedade desde a morte dele.
Ação Policial e Homicídio
Genivaldo foi morto em 25 de maio de 2022 durante uma abordagem policial. Ele foi imobilizado, atingido com spray nos olhos, jogado ao chão e recebido chutes dos policiais. As investigações apontaram que Genivaldo ficou 11 minutos preso no porta-malas da viatura antes de ser morto. A polícia rodoviária federal foi acusada de haver matado o homem com spray de pimenta e bomba de gás lacrimogêneo. A família de Genivaldo alega que houve ação policial inadequada e que os agentes excederam sua função, levando à morte do homem.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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