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A deputada federal Simone Marquetto (MDB-SP) lidera projeto de urgência na bancada evangélica com equipe multidisciplinar.
Via @estadao | A deputada federal Simone Marquetto (MDB-SP) é a principal cotada, nos bastidores da Câmara, para assumir a relatoria do projeto de lei que equipara aborto a homicídio.
Em meio às discussões sobre a interrupção voluntária da gravidez, a deputada Marquetto se destaca como uma voz influente no debate político atual.
Discussão sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez na Bancada Evangélica
À Coluna do Estadão, a deputada Simone Marquetto expressou sua posição contrária à punição de mulheres que optam pela interrupção voluntária da gravidez em casos de estupro, um dos pontos mais controversos da proposta apresentada pela bancada evangélica. Apesar de não ter recebido oficialmente o convite para a relatoria, Simone adiantou que, mesmo sendo de centro-direita, católica e contra o aborto, tem uma postura moderada. Ela ressaltou a importância de considerar o projeto como um todo e mencionou a necessidade de retirar a punição em casos de meninas vítimas de estupro.
A deputada enfatizou a importância de ir além da simples punição, destacando a necessidade de uma equipe multidisciplinar para apoiar as mulheres em situações de gravidez indesejada. Questionou se o sistema de saúde está preparado para lidar com esses casos e ressaltou a importância do trabalho de informação e prevenção.
Recentemente, um projeto antiaborto proposto pela bancada evangélica foi adiado. A proposta buscava equiparar o aborto a homicídio, em resposta à suspensão de uma resolução do Conselho Federal de Medicina pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. A resolução proibia a assistolia fetal em casos de aborto autorizado por lei, como em gestações resultantes de estupro.
O projeto teve o regime de urgência aprovado simbolicamente, o que permitiria sua votação direta em plenário. No entanto, a reação da sociedade civil, especialmente em relação ao tratamento diferenciado proposto para mulheres que interrompem a gravidez, levou à perda de apoio à proposta, inclusive do Centrão. O presidente da Câmara, Arthur Lira, anunciou a criação de uma comissão especial para debater o assunto, indicando que a votação deve ocorrer após as eleições municipais.
Fonte: © Direto News
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