Notas do Saeb divulgadas pelo Inep mostram que regiões Norte e Nordeste, na rede pública, alcançaram máximo de pontos, encaixando.
Em 1 de cada 5 municípios brasileiros, os estudantes do 5º ano das escolas públicas (municipais, estaduais e federais) obtiveram resultados preocupantes nas avaliações de matemática do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2023.
Nesse contexto, é fundamental investir em estratégias pedagógicas que estimulem o interesse dos alunos pela matemática desde cedo, promovendo um aprendizado significativo e duradouro. Além disso, é essencial aprimorar o ensino do cálculo e suas aplicações práticas, preparando os estudantes para os desafios do mundo contemporâneo.
Desafios na Educação Matemática
Eles não demonstraram habilidades cruciais para o cotidiano, como: 💰somar moedas de R$ 0,25 ou de R$ 0,50;⏰converter uma hora em minutos;📏identificar um retângulo entre outros quadriláteros;⌚ver o horário em relógios de ponteiro;🧮reconhecer frações como partes de um todo;✖️resolver problemas que envolvam as noções de ‘duplo’ ou ‘triplo’. ➡️Os dados, divulgados nesta quarta-feira (14) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostram que a maior parte dessas cidades é de pequeno porte e está nas regiões Nordeste e Norte. As únicas capitais que aparecem na lista do baixo desempenho são Natal e Porto Alegre.De 0 a 10, alunos ficam no nível 3 de domínio da matemática Segundo a escala de proficiência desenvolvida pelo próprio Inep, as médias do Saeb em matemática são classificadas em 10 níveis (nos mais altos, estão as melhores notas).Em 1.137 municípios, os estudantes de 5º ano da rede pública alcançaram, no máximo, 200 pontos, encaixando-se no patamar 3. Isso significa que eles conseguem realizar apenas tarefas como: determinar o horário final de um evento, se souberem a duração dele e quando começou; fazer subtração de números decimais;reconhecer quadrados, triângulos e círculos, por exemplo.’Os resultados de aprendizagem de matemática no Brasil merecem destaque, porque são muito críticos. Já no 5º ano, vemos resultados muito fracos, que transbordam e se ampliam nos ensinos finais do fundamental e no ensino médio’, afirma Gabriel Corrêa, diretor de Políticas Públicas da ONG Todos Pela Educação.’Desde o começo da trajetória escolar, o ensino da disciplina é pouco priorizado.’Como ‘sair do buraco’? Katia Smole, diretora executiva do Instituto Reúna e ex-secretária da Educação Básica do MEC, enfatiza a importância de recuperar as perdas decorrentes da pandemia da Covid-19, quando as escolas ficaram fechadas por um longo período.’Não basta retomar as aulas, em especial para os alunos do 5º ano. As redes precisam criar ações muito bem planejadas e sistêmicas para que os estudantes aprendam o que perderam durante a pandemia.Parte do motivo de os resultados não terem voltado, e olha que já não eram bons, vem daí’, diz. Tanto Corrêa quanto Smole reforçam a importância de o governo federal desenvolver uma política nacional para o ensino da matemática. Atualmente, só há programas focados na alfabetização.’Temos muitos elementos que apoiam essa possibilidade, como a Base Nacional Comum Curricular, um bom sistema de materiais didáticos e avaliação. Cuidar da formação dos professores também é importante [para haver melhora], diz Smole.Quais as raízes do problema, além da pandemia? A seguir, veja um resumo das principais dificuldades encontradas pelo Brasil no ensino de matemática: 🧑🏫 BAIXA ATRATIVIDADE: A carreira de professor não é atrativa no país, em geral, pela baixa remuneração e pelas condições de trabalho.Nos cursos de licenciatura em matemática, então, a procura por vagas é baixíssima, e a evasão é
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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