O Banco emite relatório neutro sobre o grupo de saúde, destacando vendas de ativos, mas ressaltando desafios financeiros, estrutura de capital e de alavancagem.
A empresa Dasa enfrentou um conjunto significativo de desafios financeiros desde o fim de 2023, levando a medidas proativas para restaurar sua saúde financeira. Além da renovação do alto escalão e da joint venture, o grupo empreendeu outras iniciativas para reverter sua situação financeira, como a descontinuação de operações e a venda de ativos para reduzir sua alavancagem.
Diante desses desafios, o grupo enfrentou obstáculos significativos, dentre eles a necessidade de quebras em suas estratégias de negócios para se adequar às novas realidades do mercado. Agora, o pacote de medidas e o grupo de saúde estão sob o escrutínio do BB Investimentos, o que pode representar tanto uma oportunidade quanto um desafio para a empresa.
Desafios enfrentados pela Dasa
O banco BB Investimentos realiza um diagnóstico detalhado da empresa, estabelecendo uma recomendação neutra e um preço-alvo de R$ 3,20 para a ação, o que representa um upside de 30% sobre a cotação do último pregão. Embora o potencial seja considerável em termos absolutos, os analistas entendem que os desafios de execução e a atual estrutura de capital implicam em um risco relativamente elevado, justificando a recomendação neutra.
A combinação de rentabilidade e eficiência operacional é um dos pilares da tese de investimento da Dasa, com medidas como a venda do negócio de corretagem e seguros, e a decisão de não priorizar mais segmentos como home care e coordenação de cuidados. A execução desse pacote diverso de iniciativas operacionais e estratégicas, em diferentes estágios de maturidade, pode levar a uma melhora das margens da operação e ao crescimento dos resultados. A expansão da rede hospitalar e oncológica também é um ponto em destaque, com o acordo para a criação de uma joint venture com a Amil no segmento, anunciado em junho deste ano.
A transação, que ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), envolve uma receita combinada de R$ 9,9 bilhões e prevê que a Dasa transfira R$ 3,85 bilhões em dívidas para a nova operação. ‘A transferência de R$ 3,85 bilhões de dívida para a joint venture, prevista no acordo, proverá estrutura de capital e alavancagem operacional mais saudáveis para a continuidade das operações’, observa o analista. Para ele, o acordo é benéfico para a Dasa, pois vai permitir a expansão com ativos de qualidade e potencial de elevação das margens operacionais. Ao mesmo tempo que manterá sua posição como uma das principais redes hospitalares privadas e reforçará sua presença em regiões estratégicas.
Já no negócio tradicional do grupo, a medicina diagnóstica, o banco frisa que a Dasa se beneficia de uma cobertura geográfica abrangente, com um leque de marcas que permite o acesso a diferentes classes sociais e consumidores, o que favorece a captura de uma parcela significativa do mercado. ‘Acreditamos na viabilidade da retomada de incremento das margens à medida que as iniciativas de eficiência de custos apresentem resultados, aliado ao potencial de crescimento do volume de exames demonstrado nos últimos anos’, observa o BB Investimentos. A partir dessas questões e levando em conta que a empresa seja bem-sucedida na execução dos seus planos, o banco projeta uma receita líquida de R$ 16,6 bilhões para a empresa no fim de 2025, além de um Ebitda de R$ 2,8 bilhões e de uma margem Ebitda de 17,2% no período. Em outro indicador, a última linha do balanço, o BB Investimentos projeta que a Dasa só volte a registrar lucro em 2026.
A ação DASA3, da Dasa, registrava queda de 1,2% por volta das 12h25 na B3.
Fonte: @ NEO FEED
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