O Senado aprovou a regulamentação de energia eólica offshore, que inclui incentivos para fontes caras, dispensáveis e poluentes, e pode custar R$ 650 bilhões até 2050.
Se aprovado pelo Congresso Nacional, o projeto de lei 576/21 vai permitir a geração de energia renovável no Brasil, mais precisamente, a energia eólica offshore, considerada uma das fronteiras tecnológicas mais promissoras do setor de energia renovável. A energia é fundamental para o desenvolvimento do país e é hora de investir em alternativas limpas, como a energia eólica.
A geração de energia renovável tem crescido e cada vez mais, tende a ser a energia eólica que se destaca como uma das principais fontes de geração de energia. Com a instalação de geradores de energia, a geração de energia eólica offshore no Brasil pode alcançar altos níveis de produção. A geração de energia a partir de fontes renováveis deve ser incentivada, pois contribui para a redução da dependência da energia fóssil e diminui a emissão de gases de efeito estufa.
Impacto Farto de Investimentos
A euforia por explorar um mercado promissor que pode movimentar R$ 40 bilhões e R$ 168 bilhões até 2050 no País, dependendo do investimento, segundo estudo divulgado em julho pelo Banco Mundial, foi eclipsada por uma série de temas secundários sem relação direta com a lei de energia renovável. Assim, com votação simbólica, os senadores aprovaram uma lei que vai custar R$ 650 bilhões ao País até 2050 em benefícios para segmentos que nada tem a ver com as eólicas offshore, incluindo a contratação de térmicas a gás natural inflexíveis e de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), além de expandir subsídios ao carvão até 2050.
Carência de Segurança Jurídica
Na prática, a lei aprovada equivale à adoção de uma nova bandeira vermelha de longo prazo na conta de luz, afirma Luiz Eduardo Barata, presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia, resumindo a indignação do setor. As oito emendas, incluídas originalmente na Câmara dos Deputados e agora referendadas pelo Senado, obrigam o governo a contratar energia cara, desnecessária e poluente, que vai ampliar as emissões de gases de efeito estufa do setor elétrico em 25%.
Prejuízo Financeiro
Lucien Belmonte, da União pela Energia, entidade que reúne 70 associações da indústria, aponta outros impactos causados pelos jabutis. ‘Para o consumidor, o prejuízo é duplo, com aumento na conta de luz e nos produtos que ele consome, pois todos têm um custo relacionado à energia para produzi-lo, do pão (27,2% do preço) ao vestuário (12,4%), por exemplo’, diz. Já para o setor industrial, o aumento do custo de energia impacta na margem em relação à competitividade global, em especial dos produtos chineses.
Fonte: @ NEO FEED
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