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Mais de 30 patógenos, incluindo mpox, com potencial causador de doenças respiratórias agudas, são monitorados internacionalmente.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou recentemente uma atualização sobre a lista de patógenos com potencial de desencadear uma epidemia. Mais de 30 patógenos estão presentes nesse levantamento, abrangendo desde doenças conhecidas, como a dengue e o vírus influenza, até ameaças emergentes, como o vírus Nipah, que podem se espalhar rapidamente.
É crucial monitorar de perto esses agentes infecciosos para prevenir a propagação de doenças em nível epidêmico. A rápida identificação e resposta a surtos são essenciais para conter a disseminação de patógenos perigosos e proteger a saúde pública global. A colaboração internacional é fundamental para enfrentar essas ameaças e garantir a segurança da população mundial.
Emergência Internacional: A Ameaça da Epidemia de Mpox
O vírus causador da mpox, que desencadeou um surto em 2022 e pode voltar a ser decretado como emergência internacional em saúde pública, também faz parte da lista. Essa não é uma lista exaustiva nem indica as causas mais prováveis da próxima epidemia. A OMS revisa e atualiza essa lista à medida em que há necessidade e à medida em que as metodologias mudam, destacou a entidade, ao citar que o levantamento tem como base doenças classificadas como prioritárias entidade. São elas: Covid-19 Infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, potencialmente grave, de elevada transmissibilidade e de distribuição global. O SARS-CoV-2 é um betacoronavírus descoberto em amostras obtidas de pacientes com pneumonia de causa desconhecida na cidade de Wuhan, na China, em dezembro de 2019. Pertence ao subgênero Sarbecovírus da família Coronaviridae e é o sétimo coronavírus conhecido a infectar seres humanos. A infecção acontece por meio da exposição a fluídos respiratórios de três maneiras: inalação de gotículas muito finas ou partículas de aerossol; deposição de gotículas respiratórias e partículas nas membranas mucosas expostas na boca, no nariz ou nos olhos, seja por respingos diretos e sprays; e tocar diretamente membranas mucosas com as mãos sujas por fluídos respiratórios contendo o vírus. Febre hemorrágica da Crimeia-Congo A CCHF, na sigla em inglês, é uma doença viral geralmente transmitida por carrapatos. Também pode ser contraída por meio do contato com tecidos animais onde o vírus entrou na corrente sanguínea, o que acontece durante e imediatamente após o abate dos animais. Os surtos de CCHF, segundo a OMS, constituem uma ameaça aos serviços de saúde pública, uma vez que o vírus pode levar a epidemias, apresenta taxa de letalidade elevada (entre 10 e 40% dos casos), pode resultar em surtos em hospitais e unidades de saúde e é difícil de ser prevenido e tratado. A doença é considerada endêmica em todo o continente africano, nos Balcãs, no Oriente Médio e na Ásia. Descrita pela primeira vez na Península da Crimeia em 1944, ela recebeu o nome de febre hemorrágica da Crimeia. Já em 1969, foi comprovado que o agente patogênico era o mesmo responsável por uma doença identificada em 1956 na Bacia do Congo, resultando na nomenclatura atual. Ebola A doença causada pelo vírus Ebola é descrita como uma zoonose cujo morcego é considerado o hospedeiro mais provável. Quatro dos cinco subtipos foram registrados em animais nativos da África. De acordo com o Ministério da Saúde, acredita-se que o vírus foi transmitido para seres humanos a partir de contato com sangue, órgãos ou fluidos corporais de animais infectados, como chimpanzés, gorilas, morcegos-gigantes, antílopes e porcos-espinho. A doença é considerada uma das mais importantes na região da África subsaariana, ocasionando surtos esporádicos em diversos países. O agente da doença é um vírus da família Filoviridae, do gênero Ebolavirus, descoberto em 1976 a partir de surtos ocorridos ao sul do Sudão e
Fonte: @ Agencia Brasil
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