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Habitantes das zonas azuis praticam habilidades de jardinagem ao ar livre, promovendo qualidade de vida, manejo do estresse e felicidade.
Nas áreas verdes – compreendendo os locais: Okinawa, no Japão, Loma Linda, nos Estados Unidos, Península de Nicoya, na Costa Rica, Icária, na Grécia e Sardenha, na Itália – são regiões ao redor do mundo onde os moradores praticam a jardinagem de forma intensa, contribuindo para uma vida longa e saudável, podendo alcançar até mais de 100 anos.
Além da prática da jardinagem, o cultivo de plantas e a horticultura também são atividades comuns nessas regiões, promovendo uma conexão profunda com a natureza e beneficiando a saúde e o bem-estar dos habitantes. A plantação de alimentos frescos e orgânicos é uma tradição nessas comunidades, refletindo em uma qualidade de vida excepcional.
Jardinagem: uma atividade essencial para a saúde e bem-estar
Diversos estudiosos exploram as características e o modo de vida adotados nessas localidades, com Dan Buettner se destacando como um dos especialistas proeminentes. Durante uma masterclass virtual sobre longevidade, promovida pelo Global Wellness Institute, Buettner compartilhou que uma das práticas comuns nas zonas azuis, associada à saúde e ao bem-estar dos residentes, é a jardinagem.
Para Buettner, a jardinagem encapsula de forma ímpar três pilares das Zonas Azuis para uma existência saudável: movimentar-se de forma natural, gerenciar o estresse e consumir plantas. Ele descreve a jardinagem como uma atividade emblemática das Zonas Azuis, pois é um estímulo constante: ao semear as plantas, nos meses seguintes, surge a motivação para regar, capinar e colher.
Ao final do processo, desfruta-se de um vegetal orgânico, cultivado com carinho, o que aumenta a probabilidade de apreciá-lo. A jardinagem não é apenas uma tarefa, mas uma jornada de conexão com a terra e consigo mesmo.
A influência da jardinagem na saúde e bem-estar
A prática da jardinagem pode trazer inúmeros benefícios à saúde física e mental, conforme evidenciado por um estudo divulgado na revista Landscape and Urban Planning. Os praticantes desse hobby demonstraram níveis semelhantes de bem-estar e felicidade em comparação com os adeptos de atividades físicas.
A melhoria na qualidade de vida atribuída à jardinagem está relacionada ao manejo do estresse proporcionado por essa atividade. Como menciona a psicóloga Lizandra Arita, a interação com a natureza pode elevar o humor e reduzir os sintomas de depressão. Atividades ao ar livre, como caminhadas e jardinagem, estimulam a liberação de endorfinas, os hormônios da felicidade, favorecendo o equilíbrio emocional.
Para a psicóloga Romanni Souza, o controle do estresse por meio de hobbies e outras práticas é essencial para a saúde mental e física. A busca por atividades prazerosas e positivas é fundamental para lidar com o estresse e promover a clareza mental. A jardinagem, nesse contexto, se destaca como uma ferramenta valiosa para o bem-estar integral.
Fonte: @ Minha Vida
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