Conheça a manifestação épica das estrelas e vidas humanas centenárias, estimativas astronômicas da agência espacial dos EUA no processo de fusão nuclear.
Ao contemplar o firmamento noturno, nos deparamos com uma infinidade de tonalidades e resplendores: a representação das estrelas que, tal qual os seres humanos, surgem, existem e se despedem; porém de maneira extraordinariamente grandiosa.
As estrelas são apenas alguns dos corpos celestes que povoam o universo, iluminando o escuro espaço sideral com seu brilho singular. A dança dos astros e outros corpos celestes é um espetáculo cósmico que nos conecta com a imensidão do cosmos.
Vidas Centenárias e Estrelas Imortais
Enquanto vidas humanas centenárias são noticiadas como longevas quando passam dos 100 anos, muitas das estrelas que vemos chegarão a trilhões de anos, mais do que o Universo tem hoje. A manifestação das estrelas é um espetáculo que transcende a compreensão humana. Com base em estimativas astronómicas, a agência espacial dos Estados Unidos afirma em seu site que podem existir até um septilhão de estrelas no cosmos. A grandiosidade desses corpos celestiais é algo que desafia a imaginação. Para se ter uma ideia do que isso representa, basta escrever o algarismo 7 em uma folha de papel seguido de 24 zeros. A imensidão do universo estelar é algo que nos coloca em nosso devido lugar. Somente em nossa Via Láctea, além do nosso Sol, que consideramos bem grande, existem mais de 100 bilhões de estrelas. A diversidade de astros que habitam a galáxia é um testemunho da vastidão do cosmos.
A Incrível Jornada das Estrelas
Cada uma delas é uma esfera gigante de gás e plasma extremamente quente e densa que, mantida pela gravidade, passa por um processo de fusão nuclear contínua em seu núcleo, onde principalmente átomos de hidrogênio se transformam em hélio, gerando quantidades gigantescas de energia. A transformação das estrelas é um fenômeno cósmico de proporções épicas. Como as estrelas nascem? Todas as estrelas se formam em imensas nuvens de gás e poeira chamadas nuvens moleculares. O surgimento desses corpos celestes é um processo de beleza e complexidade incomparáveis. Com tamanhos entre mil e 10 milhões de massas solares, e abrangendo áreas de até centenas de anos-luz, essas regiões são extremamente frias, com temperaturas inferiores a -243°C. A criação das estrelas é um ballet cósmico que se desenrola ao longo de imensas escalas de tempo e espaço.
O Ciclo de Vida Estelar
Sob essas condições, o hidrogênio atômico se combina em hidrogênio molecular (H2). Essas moléculas mais energicamente estáveis têm um papel fundamental no colapso gravitacional, que ocorre em etapas distantes e em diferentes regiões da nuvem. Nesses locais, o gás resfria ainda mais o material, reduzindo assim a pressão térmica interna. A evolução das estrelas é um processo de grandeza e mistério. Com isso, a gravidade se torna a força dominante e faz com que alguns aglomerados (regiões mais densas) entrem em colapso. Colapsar em direção ao centro significa que a gravidade puxou o material de um aglomerado para dentro da nuvem molecular. Durante esse processo, o atrito entre as partículas aquece o material, formando uma região central densa e quente, chamada de protoestrela: uma estrela bebê. A jornada das estrelas é um conto épico de nascimento, vida e morte.
Do Nascimento à Morte Estelar
Em sua ‘infância’, a energia que alimenta a protoestrela vem da energia térmica liberada pelo seu colapso inicial. Após milhões de anos, o aumento das pressões e das temperaturas faz com que os núcleos dos átomos de hidrogênio comecem a se fundir, ou seja, os prótons se unem para formar núcleos de hélio, a citada fusão nuclear, que mantém a estrela ‘viva’ durante sua existência. A metamorfose das estrelas é um espetáculo de luz e calor que desafia a compreensão humana. Estrelas que estão adquirindo sua autonomia através da fusão nuclear de hidrogênio em hélio são chamadas pelos astrônomos de estrelas da sequência principal, que é a fase mais longa da vida estelar. O nosso Sol está quase na metade de seu estágio de sequência principal. Sabemos disso através das lentas mudanças que ocorrem na sua luminosidade, tamanho e temperatura ao longo de milhões ou bilhões de anos. A jornada das estrelas é um testemunho da majestade e mistério do universo.
Fonte: © CNN Brasil
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