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Prédios de uso misto: solução urbana para cidades adensadas, evolução do modelo tradicional, benefícios para o mercado imobiliário e qualidade de vida.
Os prédios de uso misto são vistos como uma alternativa inovadora para as cidades em constante crescimento. A presença desses prédios multifuncionais no cenário urbano é considerada uma evolução necessária para enfrentar os desafios da urbanização, promovendo uma convivência mais integrada entre diferentes atividades e serviços em um mesmo espaço.
Essas construções misturadas representam uma abordagem moderna e sustentável para o desenvolvimento urbano. Os empreendimentos mistas não apenas otimizam o uso do solo, mas também contribuem para uma maior eficiência energética e uma melhor experiência para os moradores e trabalhadores. A tendência dos prédios multifuncionais está ganhando destaque nas grandes metrópoles, mostrando que a inovação no setor imobiliário pode realmente transformar a maneira como vivemos e trabalhamos.
Prédios de uso misto: uma tendência em crescimento
Por trás desta tendência, surgem questionamentos sobre os benefícios e qualidades desta tipologia, enquanto investidores e players relevantes do mercado imobiliário investem em empreendimentos grandiosos que se enquadram neste formato. O que caracteriza um edifício de uso misto? Trata-se de uma estrutura que reúne em um mesmo local prédios ou unidades com diversas finalidades.
Na prática, esses prédios multifuncionais combinam apartamentos residenciais, lojas, escritórios, restaurantes, hospitais, áreas de lazer e salas comerciais em um único terreno. Os prédios de uso misto ganham destaque na era da mobilidade urbana, sendo uma resposta às demandas por qualidade de vida nas metrópoles.
Quando um prédio não é exclusivamente comercial, ele se torna de uso misto, como destaca Rossella Rossetto, conselheira do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP). Rossella alerta que o desenvolvimento de prédios de uso misto em áreas fora das zonas centrais, como bairros residenciais, pode trazer alguns desafios.
O conceito de edifícios de uso misto não é novo no cenário arquitetônico mundial, tampouco no Brasil. No entanto, à medida que as cidades crescem, a relevância desse modelo aumenta e esses empreendimentos se tornam mais populares. Um exemplo é o Passeio Paulista, um prédio localizado na Avenida Consolação, em São Paulo, que combina lajes corporativas, lofts residenciais e uma galeria com lojas em um mesmo espaço.
Desenvolvido pelo escritório de arquitetura aflalo/gasperini, o projeto inclui uma praça arborizada no térreo e uma via urbana que conecta duas ruas importantes da cidade. A busca pela integração urbana é um dos pontos-chave na caracterização dos prédios de uso misto.
Para Rosseto, os edifícios de uso misto desempenham um papel fundamental na construção de cidades mais compactas. Em cidades como São Paulo, onde diversos bairros são vistos apenas como áreas residenciais, esses empreendimentos podem contribuir para uma cidade mais integrada e acessível.
Além disso, a presença de prédios de uso misto pode aumentar a segurança nas localidades onde são construídos. A maior circulação de pessoas e o uso do espaço público tendem a criar ambientes mais seguros, em contraste com os bairros fechados comuns em grandes cidades.
A visão de Thomaz Assumpção, CEO da consultoria Urban Systems, corrobora essa ideia. Os prédios de uso misto contribuem para uma cidade com múltiplas funcionalidades, reduzindo o tempo de deslocamento e promovendo uma maior interação entre os diferentes aspectos da vida urbana.
Fonte: © Estadão Imóveis
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