Contas em redes pró-Trump/Harris repartem conteúdo IA gerada sobre teorias de conspiração, desinformação eleitoral e imagens geradas com IA sobre candidatos políticos EUA.
O mundo digital se torna cada vez mais um laboratório para que os usuários finais sejam expostos a uma infinidade de conteúdo, onde na maioria das vezes, o objetivo é ser o mais viral possível. Nesse cenário, muitos usuários estão se tornando forjadores de notícias, ou seja, fake news, em troca de dinheiro.
Usuários do X (antigo Twitter) compartilham conteúdo que inclui desinformação eleitoral, imagens geradas por inteligência artificial (IA) e teorias de conspiração infundadas. Segundo eles, estão ganhando ‘milhares de dólares’ pela plataforma de rede social.
Desinformação na era digital: O papel do X
A internet tem sido palco de uma corrida incessante pela atenção dos usuários, e as redes sociais são um dos principais jogadores nesse escanteio. O X, uma das plataformas de rede social mais populares, é frequentemente vistas como um lugar onde os usuários podem compartilhar sua visão do mundo, sem restrições. No entanto, essa liberdade de expressão também pode ser usada para espalhar desinformação, fake news e teorias de conspiração, colocando em risco a saúde democratica do país. O X tem se tornado cada vez mais importante na política americana, e sua influência não pode ser subestimada.
Redes de desinformação
A BBC recentemente identificou uma rede de contas no X que trabalham juntas para aumentar seu alcance e receita. Essas contas compartilham conteúdo umas das outras várias vezes ao dia, incluindo material verdadeiro, infundado, falso e forjado. O objetivo é aumentar o engajamento dos usuários e, consequentemente, o valor das postagens. Alguns desses usuários afirmam ganhar centenas ou milhares de dólares por mês com suas postagens. Eles também coordenam o compartilhamento de publicações em fóruns e bate-papos em grupo para aumentar seu alcance.
Desinformação, fake news e teorias de conspiração
Algumas dessas redes apoiam candidatos políticos, enquanto outras são independentes. No entanto, todas elas compartilham um objetivo comum: espalhar desinformação e manipular a opinião pública. Alegações infundadas sobre fraude eleitoral e pedofilia são apenas alguns exemplos de conteúdo enganoso compartilhado por essas redes. Essas alegações não apenas causam danos a indivíduos e grupos, mas também minam a confiança na democracia.
Rede social e desinformação
O X não possui diretrizes claras sobre desinformação, o que permite que essas redes continuem a operar sem restrições. Em 9 de outubro, o X alterou suas regras para calcular os pagamentos feitos para contas certificadas com alcance significativo com base na quantidade de engajamento de usuários premium, em vez do número de anúncios em suas postagens. Isso pode incentivar os usuários a publicar conteúdo provocativo, mesmo que seja desinformação.
Uso desenfreado de inteligência artificial
Essas redes também usam inteligência artificial para gerar imagens e conteúdo falso. No exemplo, um usuário do X criou uma imagem adulterada de Kamala Harris trabalhando no McDonald’s quando jovem, e outros usuários divulgaram alegações sem provas de que o Partido Democrata estava manipulando imagens da sua candidata. Essas ações não apenas são enganosas, mas também podem levar a consequências graves.
Impacto nas eleições
A desinformação espalhada por essas redes pode ter consequências significativas nas eleições. Teorias de conspiração infundadas sobre a tentativa de assassinato de Donald Trump, em julho, foram propagadas em outros sites de rede social. Essas ações podem minar a confiança na democracia e levar a consequências graves para o país.
Conclusão
O X tem um papel importante a desempenhar na disseminação de desinformação e teorias de conspiração. A plataforma precisa adotar diretrizes claras sobre desinformação e trabalhar para prevenir a disseminação de conteúdo falso. Além disso, os usuários precisam ser conscientes da importância de verificar a veracidade do conteúdo antes de compartilhá-lo. Só juntos podemos proteger a saúde democratica do país e garantir que a informação seja transmitida de forma precisa e confiável.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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