A bolsa de valores volta a superar os 126 mil pontos, após subir 0,55%, países emergentes valorizam a moeda norte-americana e o Banco Central ajusta a Taxa Selic para influenciar o mercado de trabalho.
O mercado financeiro brasileiro respira alívio com o nouveau valor do dólar comercial, que encerrou a quinta-feira, 6, em R$ 5,764. A queda foi de R$ 0,03 (-0,52%) em comparação com o dia anterior, alcançando o menor valor desde novembro de 2022. Este desempenho contribuiu para impulsionar a bolsa de valores, que alcançou mais de 126 mil pontos e superou o valor anterior.
É notável a influência positiva da queda no valor do dólar comercial sobre a economia brasileira, especialmente para os países em desenvolvimento. Isso se deve ao fato de que o dólar é em si uma moeda de reserva ou divisa internacional, e sua valorização pode afetar o custo de importação, impactando a economia de países que dependem fortemente de importações. O mercado financeiro segue monitorando a situação para entender seus efeitos a longo prazo.
Flutuações Semanais do Dólar
A cotação diária do dólar americano no Brasil apresentou variabilidade significativa ao longo da semana, com alta inicial e subsequente desaceleração. Iniciou o dia em alta, alcançando R$ 5,83 por volta das 9h15, mas logo entrou em declínio após a abertura dos mercados norte-americanos, chegando a R$ 5,74 na mínima do dia, por volta das 15h45. Este valor é o mais baixo desde 18 de novembro.
A moeda norte-americana apresenta uma tendência de queda de 6,7% ao ano até 2025, refletindo a instabilidade do mercado. Este período de 12 sessões consecutivas de queda, iniciado em 17 de janeiro e prolongado até 4 de fevereiro, foi interrompido por uma pequena alta na quarta-feira, 5. Paralelamente, o mercado de ações apresentou uma recuperação com o índice Ibovespa da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) fechando em 126.225 pontos, com um aumento de 0,55%.
O indicador foi impulsionado por ações de mineradoras e empresas relacionadas ao consumo, como companhias aéreas e varejistas. A expectativa em torno da divulgação de dados do mercado de trabalho norte-americano no dia 7 contribuiu para a queda do dólar frente a quase todas as principais moedas. Além disso, os países emergentes foram favorecidos após a decisão do governo dos Estados Unidos de suspender a sobretaxação de 25% sobre os produtos mexicanos e canadenses e negociar os aumentos com os dois países.
No Brasil, a divulgação de dados sobre a desaceleração da indústria e dos serviços favoreceu a bolsa de valores, pois um eventual desaquecimento da economia reduziria a necessidade do Banco Central (BC) de elevar a Taxa Selic em maio. O BC já anunciou uma nova subida de 1 ponto percentual nos juros básicos da economia para 14,25% ao ano, a partir da reunião de março.
Fonte: @ Mercado e Consumo
Comentários sobre este artigo