Disputa pela Casa Branca desafia política monetária e gera expectativa de mudança nas decisões do Fed, influenciando taxa de juro, inflação, câmbio e relacionamento com a China e a América Latina.
Nessa eleição para presidente dos EUA, a Fed, centralizada no país, será chamada a definir sua taxa de juro em 3 de novembro. O Banco Central brasileiro, por sua vez, comandado por Roberto Campos Neto, aguarda o resultado da escolha americana.
No dia 3 de novembro, a Fed, em uma decisão difícil, deve determinar se elevará a taxa de juro para uma taxa entre 0,50% e 0,75% ao ano. Essa mudança, caso ocorra, poderá impactar negativamente a economia americana. Ainda assim, o Banco Central brasileiro, como uma instituição independente, deveria tomar suas próprias decisões monetárias, sem se preocupar com o resultado da eleição.
Eleição americana: desafio para a economia global
O calendário da próxima semana estará influenciado pela eleição americana, marcada para o dia 5 de novembro, com um resultado incerto e consequências incertas. Ao contrário do que se esperava, a definição dos juros nos EUA e no Brasil não será o centro das atenções. As reuniões do Fed e do Copom ocorrerão em datas diferentes devido à eleição americana. O encontro do Fed será adiado para a quarta-feira, 6 de novembro, e terminará na quinta-feira, 7. Já o Copom manterá seu ritual, começando na terça-feira, 5, e terminando na quarta-feira, 6.
Projeções para as taxas de juro
As projeções para as taxas de juro estão sedimentadas. O mercado aposta na aceleração da alta da Selic a 0,50 ponto percentual, para 11,75%. No mercado americano, a expectativa é de desaceleração do corte da taxa a 0,25 ponto, para o intervalo de 4,5% a 4,75%. A precificação firme das taxas básicas é bem-vinda, pois limita surpresas e permite que os mercados redobrem a atenção às eleições americanas. A eleição é um fator importante para os mercados, e a incerteza sobre o resultado pode afetar as decisões de investimento.
Implicações para a política monetária
A eleição americana tem implicações significativas para a política monetária dos EUA e do Brasil. As propostas dos candidatos, seja Kamala Harris ou Donald Trump, apontam para expansão fiscal, o que pode aumentar a dívida pública dos EUA, que já é de 123% do PIB. Isso pode ter consequências para a economia global, incluindo o Brasil. A manutenção de juros altos ou a queda muito lenta deles pode ser prejudicial para a atividade econômica e a situação fiscal no Brasil.
Expectativas para o período pós-eleição
Após a eleição, a transição de poder pode ser ‘horrorosa’ e causar instabilidade nos mercados. A possibilidade de contestação de resultados ou judicialização do processo eleitoral pode adicionar incerteza ao cenário. Mesmo após a posse, o quadro econômico pode ser preocupante. Os analistas lembram que um governo Trump tende à redução de impostos, aumento de tarifas de importação e mais protecionismo, o que pode ser inflacionário e desafiar o Fed. Já um governo Harris pode ter uma política mais expansiva, o que também pode ter consequências para a economia global.
Fonte: @ NEO FEED
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