Planners, cadernos e objetos estampados com ilustrações de mulheres negras históricas, promovendo cultura e direitos humanos através do Design Gráfico e papelaria artesanal.
Em 2016, dois anos após se formar na graduação em Design Gráfico em Belo Horizonte, a mineira Maria Rosa, de 32 anos, deu vida à sua própria papelaria artesanal, a Arte de Maria, tornando-se uma empreendedora de sucesso. Com um investimento inicial de apenas R$ 200, ela começou a criar uma variedade de produtos, como planners, cadernos, pôsteres, calendários e objetos de decoração estampados com colagens de mulheres que marcaram a história do Brasil e do mundo.
Como uma empreendedora visionária, Maria Rosa buscou inspiração nas mulheres que fizeram história, como Frida Kahlo e Malala Yousafzai, e transformou suas imagens em obras de arte. Além de ser uma empresária de sucesso, Maria Rosa também é uma mulher que busca inspirar outras a seguir seus sonhos e paixões. Com a Arte de Maria, ela não apenas cria produtos únicos, mas também celebra a força feminina e a criatividade. A arte é um reflexo da alma, e Maria Rosa está determinada a compartilhar sua visão com o mundo.
Uma Empreendedora que Celebra a Cultura Negra e os Direitos Humanos
Rosa, uma empreendedora e empresária brasileira, é conhecida por criar produtos que homenageiam a cultura negra e popular brasileira. Sua marca, Arte de Maria, é uma papelaria artesanal que produz itens que fazem referência a mulheres históricas, como Bertha Lutz, Sojourner Truth, Luiza Mahin, Nise da Silveira, Beatriz Nascimento, Dora Richter, Hellen Keller, Tia Ciata, Maria Felipa, Dandara, Clara Camarão e Aqualtune. Essas mulheres são retratadas em ilustrações que acompanham os produtos, juntamente com um material informativo que conta a história de cada uma delas.
Rosa, que nasceu e cresceu em Divinópolis, interior de Minas Gerais, enfrentou diversas violências sociais ao longo de sua trajetória. No entanto, ao atingir a fase adulta, decidiu que daria voz às pautas raciais e de direitos humanos por meio do Design Gráfico. Essa compreensão serviu de inspiração para a criação da sua marca. ‘Junto aos produtos, eu entrego um material informativo contando a história da mulher representada na ilustração, para que sirva de inspiração e exemplo do quanto somos capazes’, afirma a empreendedora.
Um Negócio que Nasceu da Paixão e da Necessidade
A criação da Arte de Maria foi motivada pela paixão de Rosa por literatura, arte e feminismo, bem como pela necessidade de dar voz às mulheres que foram esquecidas pela história. Além disso, a demissão de seu emprego CLT, onde atuava como diagramadora, foi um dos principais pontapés para a criação do negócio. ‘A falta de recursos financeiros e de conhecimentos sobre o que é empreender foram os principais desafios. Foi tudo uma grande soma de tentativas’, pontua a empreendedora.
Hoje, a Arte de Maria é uma marca consolidada no mercado, com mais de 4,7 mil clientes atendidos, sendo cerca de 900 deles recorrentes. A marca também atua de forma B2B, e já atendeu grandes empresas como Google, Rede Globo e WWF (World Wildlife Fund) Brasil. Os produtos da papelaria artesanal são idealizados e produzidos manualmente pela própria empreendedora, que conta com um e-commerce e também vende os itens em duas lojas colaborativas, uma na capital paulista e outra no Rio de Janeiro.
Um Sucesso que Inspira Outras Mulheres
A Arte de Maria é um exemplo de sucesso de uma mulher que seguiu sua paixão e criou um negócio que inspira outras mulheres. O tíquete médio é de R$ 50, com itens disponíveis entre R$ 13 e R$ 235. Até o momento, foram vendidos mais de 2 mil produtos, e o faturamento mensal varia entre R$ 10 mil e R$ 35 mil. Para este final de ano, Rosa espera dobrar as vendas, sobretudo por conta do lançamento da coleção de 2025, que foi disponibilizada e anunciada ao público nas redes sociais da marca. ‘A minha marca é para mulheres que têm interesse por literatura, arte e feminismo, mas no geral, toda pessoa que busca se inspirar para poder se organizar e realizar, assim como as mulheres homenageadas’, diz a empreendedora.
Fonte: @ PEGN
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