Nenhuma companhia brasileira entrou no ranking das 20 maiores pagadoras de proventos, com média global aos americanas nos pagamentos às empresas.
A distribuição de dividendos atingiu um novo patamar no terceiro trimestre, com um aumento de 3,1% em relação ao período anterior, alcançando um total de US$ 431,1 bilhões. Segundo o estudo da Janus Henderson, 88% das empresas aumentaram seus pagamentos ou mantiveram a remuneração em nível constante, demonstrando uma tendência positiva no setor.
Os dividendos são uma parte importante da estratégia financeira das empresas, representando uma forma de distribuir lucros aos acionistas. Com o aumento da distribuição de proventos, as empresas estão demonstrando confiança no crescimento futuro e no potencial de entrega de valor aos seus investidores. Além disso, o aumento dos pagamentos pode ser um indicador de que as empresas estão investindo em suas operações e buscando expandir sua presença no mercado. Em 2022, o ano em foco, as empresas estão em busca de equilibrar o crescimento com a estabilidade financeira, e a distribuição de dividendos parece ter sido uma prioridade.
Dividendos: A Nova Realidade de Remuneração para Acionistas
Em um cenário de crescimento contínuo, algumas corporações se mostraram mais parcimoniosas ao distribuir dividendos aos acionistas, o que não permitiu um salto ainda maior nesse aspecto. Entre as principais contribuições para o resultado financeiro, destaca-se a forte presença dos Estados Unidos, onde o pagamento de dividendos aumentou 10%, bem acima da média global. Essa tendência favorável ficou mais evidente nas empresas norte-americanas, como a Meta, dona do Facebook, Instagram e Whatsapp, e a Alphabet, dona do Google, que começaram a distribuir proventos este ano. A Walt Disney também marcou o período, retomando os pagamentos este ano, após a interrupção causada pela pandemia. De fato, 96% das empresas americanas aumentaram ou mantiveram em mesmos níveis a remuneração aos acionistas.
Mercados Emergentes: Uma Nova Trajetória para Dividendos
No terceiro trimestre, os dividendos de mercados emergentes avançaram 1,4%, refletindo o crescimento dos proventos de empresas chinesas, que saltaram 12,3% e somaram US$ 44,6 bilhões, um recorde histórico. Desses valores, 75% vieram do caixa da Alibaba, que distribuiu dividendos pela primeira vez este ano. Outra empresa destacada pelo relatório foi a fabricante de carros elétricos BYD, que pagou seu maior valor em dividendos de sua história. As empresas brasileiras, por sua vez, entraram entre os destaques negativos, com uma redução de 42% nos pagamentos aos acionistas, mas o relatório da Janus Henderson pondera que o padrão de pagamento é bastante irregular. No entanto, no acumulado do ano, os pagamentos no Brasil caíram 2,1%. Nenhuma empresa brasileira ficou no ranking das 20 maiores pagadoras de dividendos no terceiro trimestre. No mesmo período do ano passado, a Petrobras (PETR3, PETR4) ficou na penúltima posição.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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