Negócio gigantesco geraria uma companhia com R$ 16 bilhões de faturamento e R$ 4,9 bilhões de Ebitda, aumentando participação de mercado e sinergias nas áreas após oferta pública de aquisição.
A EMS, empresa farmacêutica liderada pelo empresário Carlos Sanchez, está prestes a realizar uma incorporação estratégica ao anunciar uma oferta para adquirir a Hypera, uma companhia farmacêutica de renome que detém marcas como Buscopan e Engov, entre outras. A oferta estabelece o valor das ações da Hypera em R$ 30, representando um prêmio de 39% sobre o valor de mercado.
A incorporação da Hypera pela EMS é vista como uma oportunidade de crescimento e expansão para ambas as empresas. A união das duas companhias permitirá a criação de uma entidade mais forte e competitiva no mercado farmacêutico. Além disso, a aquisição da Hypera pela EMS também pode ser vista como uma estratégia de compra inteligente, permitindo que a empresa líderada por Carlos Sanchez amplie sua carteira de produtos e serviços. Com essa aquisição, a EMS estará em uma posição privilegiada para liderar o mercado farmacêutico nacional.
Proposta de Incorporação e União Entre Empresas
A EMS está propondo a incorporação da Hypera, além de fazer uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) de até 20% do capital para os acionistas que desejam uma saída da operação. Esse negócio gigantesco pode colocar a empresa combinada em um patamar bem acima das concorrentes, com uma participação de mercado de cerca de 20%. Juntas, elas teriam um faturamento de R$ 16 bilhões, um Ebitda de R$ 4,9 bilhões e sinergias nas áreas fabril, comercial, P&D, entre outras áreas.
Benefícios da União e Fusão
Se o negócio se concretizar, a nova companhia já nasce como líder em remédios genéricos, OTC, prescrição médica e hospitalar. Para convencer os acionistas de que se trata de um bom negócio, Sanchez está propondo o mesmo múltiplo da EMS. As conversas para uma união entre as empresas já aconteceram no passado, mas acabaram não indo para frente. Há do outro lado um acionista de referência, o empresário João Alves de Queiroz Filho, o Júnior, que tem pouco mais de 20% da companhia. Ao lado da holding mexicana Maiorem, exerce o controle com 36%.
Aquisição e Compra: Uma Estratégia de Crescimento
Como as conversas acabaram não indo para frente, Sanchez, que vem sendo assessorado pelo BTG Pactual e o Lefosse Advogados, aproveitou o momento da Hypera, que não vive seus melhores dias, para tornar pública a oferta e os méritos do negócio. A Hypera anunciou ao mercado que iniciou um ‘processo de otimização do capital de giro’, por meio da redução da política de prazo de pagamento concedida aos clientes. A companhia informou que o objetivo é incrementar sua geração de caixa operacional em cerca de R$ 2,5 bilhões até 2028 e em R$ 7,5 bilhões nos próximos dez anos.
Impacto no Mercado e Perspectivas de Vendas
A decisão caiu mal entre os investidores, que temem que a medida possa ter um impacto relevante sobre as perspectivas de vendas. Segundo relatório do Itaú BBA, não se espera nenhum impacto nas projeções crescimento do sell-out, mas a iniciativa pressupõe uma diminuição significativa no sell-in, com a empresa corrigindo os estoques do canal de vendas, o que pode resultar em desalavancagem operacional. A situação fez com que os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Generali Marquezini e Felipe Amancio rebaixassem a recomendação para as ações da Hypera de compra para neutro. O preço-alvo foi cortado de R$ 37 para R$ 24.
Fonte: @ NEO FEED
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