Alterações hormonais também influenciam a doença mental, juntamente com fatores genéticos, químicos e ambientais. Um estudo analisou a relação entre fatores de risco para a depressão e os desajustes hormonais.
A depressão é um problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, causando sofrimento e dificuldades no dia a dia das vítimas. As causas da depressão são complexas e multifacetadas, envolvendo fatores genéticos, hereditários, químicos e ambientais, que influenciam a manifestação da doença. Além disso, as alterações hormonais também desempenham um papel importante no desenvolvimento da depressão. A modificação nos níveis de hormônios, como a testosterona e a progesterona, pode contribuir para o aumento do risco de desenvolver a depressão.
A doença mental é um tema complexo que requer uma abordagem multidisciplinar. Um estudo realizado pelo Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2020 analisou a relação entre os fatores de risco para a depressão e os desajustes hormonais e metabólicos, que atuam diretamente na modulação do humor feminino. O estudo demonstrou que a depressão é uma doença mental que pode ser influenciada por fatores hormonais e metabólicos, e que uma abordagem holística é necessária para lidar com o problema.
Desequilíbrio Hormonal e Depressão: Uma Conexão Surpreendente
A depressão é uma doença mental complexa e multifacetada, frequentemente associada a desajustes hormonais e metabólicos. No entanto, é crucial reconhecer que a modulação do humor feminino está intrinsecamente ligada à regulação hormonal. A disfunção estrutural nas reações fisiológicas, desencadeada por desregulação na produção dos hormônios T3 e T4, pode levar a sintomas típicos da depressão, como mudanças de humor, fadiga, distúrbios do sono e baixa libido.
A pesquisa científica demonstrou que a manipulação hormonal, seja devido a fatores genéticos, hereditários, químicos ou ambientais, pode desencadear a depressão. Além disso, as alterações hormonais também estão associadas à depressão, o que pode ser um fator crucial para a compreensão da doença. No entanto, é comum que a menopausa e o envelhecimento, fases em que o corpo produz menos hormônios, sejam ignoradas como causas potenciais de problemas emocionais.
A tireoide, responsável pela produção dos hormônios T3 e T4, desempenha um papel crucial na regulação do humor. A disfunção tireoidiana pode causar sintomas como cansaço, sonolência, ganho de peso e falta de ânimo, além de irritabilidade, mudanças repentinas de humor e fadiga crônica. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a disfunção tireoidiana está diretamente ligada a um terço de todas as depressões, sendo o hipotireoidismo a causa mais comum da doença, atingindo cerca de 50% das mulheres.
O estrógeno, secretado principalmente nos ovários, mas também produzido em outras partes do corpo, como nas glândulas adrenais, também desempenha um papel fundamental na regulação do humor. Já o estradiol, produzido nas células dos tecidos ovarianos por ação de outro hormônio, o folículo, é essencial para a modulação do humor feminino. A desregulação desses hormônios pode levar a sintomas de depressão, como mudanças de humor, fadiga e baixa libido.
A psiquiatra Danielle Admoni afirma que o grande problema é que nem sempre os níveis hormonais da mulher passam por avaliações, o que pode levar a um tratamento inadequado da depressão. ‘As medicações podem atenuar o quadro depressivo, mas o tratamento será comprometido, caso a raiz do problema seja hormonal’, destaca. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia também destaca a importância de considerar as alterações hormonais como causas potenciais da depressão.
Em resumo, o desequilíbrio hormonal e a depressão estão intrinsecamente ligados. A modulação do humor feminino é essencial para a regulação hormonal e a disfunção estrutural nas reações fisiológicas pode levar a sintomas típicos da depressão. A consideração das alterações hormonais como causas potenciais da depressão é fundamental para o tratamento adequado da doença.
Fonte: @ Terra
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