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Estudo da SBU analisou visão sobre desempenho sexual, tamanho do pênis e autoestima em momentos íntimos, disfunção erétil e terapia sexual.
Uma pesquisa conduzida pela Associação Brasileira de Urologia (ABU) revelou informações inéditas sobre a saúde e a sexualidade dos homens. O levantamento apontou que 48% dos entrevistados enfrentaram dificuldades em ter ereção em algum momento da vida.
Além disso, o estudo destacou que 36% dos participantes relataram falhas na hora crucial, demonstrando uma certa incapacidade de obter ou manter uma firmeza eréctil. Esses dados ressaltam a importância de buscar ajuda profissional para lidar com questões relacionadas à saúde sexual masculina.
Dificuldades em ter ereção: um estudo revela preocupações com a firmeza eréctil
O estudo recente, que envolveu 1 500 homens acima dos 40 anos, a maioria dos quais casados e provenientes de diversas regiões do país, abordou não apenas a satisfação dos homens com o tamanho de seus órgãos genitais, mas também investigou as dificuldades em ter ereção. Surpreendentemente, 63% dos participantes afirmaram estar satisfeitos com o tamanho de seus pênis, enquanto 26% expressaram uma satisfação parcial. No entanto, o estudo ressaltou a prevalência de falhas na hora íntima, com mais da metade dos entrevistados admitindo episódios de incapacidade de obter ou manter uma ereção.
A incidência dessas dificuldades em ter ereção foi ainda mais acentuada entre os homens de 55 a 59 anos, onde 63% relataram enfrentar esse desafio. Luiz Otávio Torres, presidente da SBU, enfatizou que essas falhas ocasionais são comuns a todos os homens e geralmente têm origem psicológica. Ele destacou a diferença crucial entre essas falhas esporádicas e a disfunção erétil, que é caracterizada pela incapacidade frequente de obter ou manter uma firmeza eréctil, prejudicando a vida sexual do indivíduo.
As causas da disfunção erétil podem ser variadas, incluindo fatores orgânicos como diabetes, hipertensão, obesidade e efeitos colaterais de medicamentos, bem como fatores psicológicos, como o temor de performance. Esse medo de não conseguir ter ou manter uma ereção pode estar associado a questões como relacionamentos conturbados, depressão e ansiedade, evidenciando a complexidade desse problema.
Torres ressaltou a importância de buscar tratamentos adequados para a disfunção erétil, que vão desde terapias sexuais até cirurgias de implante de próteses penianas, passando por medicamentos orais e injetáveis. É fundamental que os homens busquem ajuda profissional para lidar com essas dificuldades em ter ereção e melhorar sua qualidade de vida íntima.
Preocupações com a ereção: desafios e terapias para uma vida sexual saudável
Além das dificuldades em ter ereção, a pesquisa também abordou a satisfação dos homens com o tamanho de seus órgãos genitais. A maioria dos entrevistados expressou contentamento com o tamanho de seus pênis, porém, uma parcela significativa revelou desejos de alongamento e engrossamento. Essas preocupações refletem a influência de padrões estéticos e a pressão social em torno da masculinidade.
Estudos indicam que um pênis de aproximadamente 13 cm em ereção e 9 cm em repouso é considerado na média, mas tamanhos entre 10,5 cm e 17,5 cm em ereção também são considerados normais entre os brasileiros. No entanto, o transtorno dismórfico corporal pode levar alguns homens a buscar procedimentos de alongamento peniano, como a faloplastia, mesmo sem necessidade médica.
Luiz Otávio Torres alertou que a maioria dos homens possui um pênis de tamanho normal e que a busca por um aumento peniano muitas vezes está relacionada a percepções distorcidas de desempenho sexual. Ele enfatizou que a solução para essas preocupações não está necessariamente em procedimentos cirúrgicos, mas sim em abordagens terapêuticas e psicológicas.
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que intervenções para alongamento peniano sejam reservadas a casos específicos, como micropênis, malformações ou amputações, destacando a importância de uma abordagem cautelosa e informada em relação às questões de ereção e satisfação sexual. É fundamental que os homens compreendam que a saúde sexual vai além do tamanho do pênis e busquem ajuda profissional para lidar com suas preocupações de forma saudável e equilibrada.
Fonte: @ Veja Abril
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