Suspensão de atividades acadêmicas no Pavilhão João Lyra devido a confronto com seguranças e manifestantes violentos.
Os estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) retomaram a ocupação do Pavilhão João Lyra Filho, localizado no campus Maracanã. Eles estão manifestando sua insatisfação com as alterações nas normas para a concessão de bolsas e auxílios de assistência estudantil, que impactam negativamente mais de 1 mil alunos. Como resultado, as atividades acadêmicas e administrativas no Pavilhão foram interrompidas nesta quarta-feira (21).
O protesto dos estudantes da Uerj é uma resposta direta às medidas que prejudicam a comunidade acadêmica. A ocupação do Pavilhão João Lyra Filho é uma forma de chamar a atenção para a importância da inclusão e do apoio aos estudantes em situação de vulnerabilidade. A luta pela garantia de direitos e pela igualdade de oportunidades continua sendo uma prioridade para os manifestantes.
Ocupação do Edifício da Uerj Gera Conflito com Seguranças
A ocupação do edifício da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) ocorreu na noite desta terça-feira (20), marcando um novo capítulo de tensão entre os estudantes e a instituição. No último dia 14, os estudantes já haviam ocupado o Pavilhão João Lyra, o que resultou em um confronto com seguranças e servidores da universidade. O grupo acabou recuando naquela ocasião, mas agora voltou a ocupar o edifício principal da Uerj, desencadeando uma nova onda de protesto.
A reitoria da Uerj se manifestou sobre a ocupação, classificando-a como inaceitável. Em nota oficial, a universidade destacou que o sequestro de um prédio público prejudica toda a comunidade acadêmica e reforçou que o grupo de estudantes não demonstra disposição para negociar. A Uerj também ressaltou que os manifestantes já haviam recorrido à violência anteriormente, chegando ao ponto de interromper uma sessão do Conselho Universitário.
Durante a ocupação do Pavilhão João Lyra, os manifestantes invadiram o plenário e a Secretaria dos Conselhos, tentando impedir a saída dos conselheiros. Esse ato, considerado inaceitável pela universidade, resultou em ferimentos em um conselheiro e um membro da equipe da Reitoria, que registraram boletins de ocorrência sobre o incidente.
A Uerj fez um apelo pelo fim do movimento de ocupação, destacando a importância de preservar os espaços que pertencem a toda a comunidade acadêmica. A universidade ressaltou que a comunidade uerjiana é composta por 35 mil alunos, 3 mil docentes e quase 6 mil servidores técnicos administrativos, e que a ocupação prejudica a rotina e o funcionamento da instituição.
Os estudantes envolvidos na ocupação negam qualquer envolvimento em atos violentos e afirmam que durante a sessão do Conselho Universitário respeitaram as opiniões dos presentes. Eles também relataram um episódio em que um professor teria agredido um aluno, resultando em um boletim de ocorrência.
A manifestação dos estudantes na reitoria da Uerj já dura três semanas e tem como principal reivindicação a revogação do Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda) 038/2024. Esse ato estabelece novas regras para o pagamento do auxílio alimentação e da Bolsa de Apoio a Vulnerabilidade Social, excluindo cerca de 1,2 mil estudantes que não se enquadram nos novos critérios.
Os estudantes pedem que a reitoria se empenhe em buscar recursos para garantir a assistência estudantil e priorize o bem-estar da comunidade acadêmica. A Uerj justifica as alterações nas regras devido à falta de orçamento, mas os estudantes argumentam que a universidade deve buscar soluções para atender às necessidades daqueles que mais precisam.
Fonte: @ Agencia Brasil
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